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Bancários do BCP e do Santander em greve no dia 1 de outubro contra despedimentos
Os trabalhadores do BCP e do Santander estarão em greve no próximo dia 01 de outubro, contra os despedimentos nas duas instituições, de acordo com um comunicado conjunto de seis sindicatos.
Depois de uma reunião hoje com a administração do Santander Totta, em que as organizações dizem que o banco foi “irredutível” no despedimento de 210 pessoas, os sindicatos resolveram avançar com uma paralisação, que irá também abranger o BCP.
Na mesma nota, o Mais Sindicato, SBN – Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro, Sindicato dos Bancários do Centro (afetos à UGT), Sintaf (ligado à CGTP), Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários e Sindicato Independente da Banca (independentes) indicaram que “face à posição hoje assumida pela administração do Banco Santander Totta (BST) quanto ao despedimento coletivo, em tudo semelhante à do BCP, os seis sindicatos dos bancários decidiram convocar uma greve simultânea nos dois bancos”.
Esta paralisação conta ainda com a solidariedade do STEC – Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do grupo CGD, segundo as estruturas sindicais.
“A partir de agora a lei estabelece que são as Comissões de Trabalhadores quem tem competência legal atribuída para participar na fase atual do processo, devendo todas as questões ser-lhes dirigidas”, lê-se no comunicado.
Ainda assim, “os sindicatos estão preparados para intervir, assim e se o processo avançar”, indicaram, acrescentando que “os associados devem remeter aos respetivos serviços jurídicos todas as formulações que forem enviadas às CNT, para que possam estar munidos dos elementos essenciais ao cabal conhecimento do processo”.
“Estes sindicatos convocam todos os trabalhadores do BST e do BCP a participar na greve a realizar na respetiva instituição. Esta é uma causa que respeita a todos os bancários. Não afeta apenas alguns de nós. Chegou o momento de os bancários fazerem ouvir a sua voz na defesa intransigente dos seus direitos e dos postos de trabalho”, remataram.
O Santander Totta pretende a saída de 685 trabalhadores. Fonte oficial do banco disse na semana passada à Lusa que já foi acordada a saída com mais de 400 trabalhadores (reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo). Havia 230 funcionários com os quais não tinha chegado a acordo, pelo que poderão ser abrangidos por despedimento, mas o número não é definitivo pois o processo não está fechado.
Já o BCP anunciou na semana passada que vai fazer um despedimento coletivo de 62 trabalhadores, segundo uma mensagem do presidente executivo aos funcionários do banco, a que a Lusa teve acesso.
Quanto a outras saídas, o banco chegou a acordo com cerca 700 trabalhadores para saírem por rescisão por mútuo acordo, reforma antecipada e pré-reforma.
Os sindicatos têm acusado os bancos de repressão laboral e de chantagem para com os trabalhadores, considerando que os estão a forçar a aceitar sair por rescisões (sem acesso a subsídio de desemprego) ou por reformas antecipadas. Isto ao mesmo tempo que têm elevados lucros, acrescentam.
O BCP teve lucros de 12,3 milhões de euros no primeiro semestre (menos 84% do que no mesmo período de 2020) e o Santander Totta 81,4 milhões de euros (menos 52,9%).
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