Cidade
Baixa de Coimbra cria gabinete para apoiar situações de fragilidade
A Baixa de Coimbra vai ter em funcionamento um Gabinete de Intervenção Social e Apoio ao Empreendedor para dar resposta imediata aos cidadãos, comerciantes e pequenos e médios empresários que ficaram numa situação muito frágil devido à pandemia.
A criação do gabinete insere-se num projeto de desenvolvimento comunitário na Baixa de Coimbra promovido pelo Observatório de Cidadania e Intervenção Social (OCIS), em parceria com a Agência de Promoção da Baixa de Coimbra, o Jazz ao Centro Clube e a Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.
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O gabinete, que fica instalado no Salão Brazil, na Baixa histórica da cidade, com funcionamento às terça e sextas-feiras, das 14:30 às 20:00, vai “dar apoio de imediato a estes agentes que, de uma forma muito dramática ficaram numa situação muito frágil do ponto de vista económico, social e da saúde mental”, disse à agência Lusa Clara Santos, do OCIS.
“A seguir, pretendemos implementar uma dimensão colaborativa com todos os que estão na Baixa – os atores sociais e uma série de parceiros que são fundamentais – através de encontros de debate”, explicou a responsável daquela entidade.
O objetivo, referiu, “é criar uma plataforma de coesão para perceber o diagnóstico da Baixa do ponto de vista das pessoas que estão no terreno” para se avançar no planeamento estratégico.
“A ideia é perceber o que faz falta, os recursos que termos e como é que podemos construir uma nova narrativa”, sublinhou Clara Santos, adiantando que os encontros/debate têm início na terça-feira, no Salão Brazil, entre as 19:30 e as 20:30, com uma sessão sobre moratórias dívidas e endividamento, em que participam a Deco e a Caixa Geral de Depósitos.
A habitação é outro dos eixos “prioritários” deste projeto, que passa por criar alternativas e “trabalhar com o programa Porta 65, com o município e criar redes acessíveis a uma nova população para começar a trazer gente”.
“Como é um problema muito complexo, se não tiver uma abordagem multidimensional não é capaz de ser feita. Os atores primordiais vão ser as pessoas que já estão na Baixa, os movimentos emergentes e os comerciantes”, sublinhou a responsável pelo OCIS.
Para Clara Santos, o fundamental é “saber como vamos construir uma solução territorial”.
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