Autárquicas

Autárquicas/Coimbra: Chega, IL e PDR/MPT estreiam-se em eleições com vários ‘repetentes’

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 09-09-2021

A maioria dos candidatos às eleições autárquicas em Coimbra são ‘repetentes’, com a novidade de se apresentar a sufrágio uma grande coligação de sete partidos, além da estreia do Chega, Iniciativa Liberal e PDR/MPT.

O socialista Manuel Machado, nascido em 09 de julho de 1956 e militante socialista desde maio de 1974, que preside ao município desde 2013, sem maioria absoluta, candidata-se a um terceiro mandato consecutivo, depois de já ter sido presidente da Câmara de Coimbra entre 1990 e 2001.

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O autarca, que preside também à Associação Nacional de Municípios Portugueses, promete continuar a valorizar o concelho e as margens do rio Mondego e a apostar no desenvolvimento económico.

Manuel Machado anunciou para o imediato a próxima fase do Coimbra iParque para “criar espaços para mais empresas que irão criar mais empregos para os jovens”.

Reitera ainda a necessidade de ser criada uma nova maternidade na cidade, assim como o pleno aproveitamento do Hospital dos Covões e a construção de um aeroporto na região Centro.

O PSD, que perdeu a Câmara em 2013, aposta no médico José Manuel Silva, atual vereador pelo movimento Somos Coimbra, que vai liderar a coligação “Juntos Somos Coimbra”, juntando sociais-democratas, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Volt, RIR e Aliança.

O antigo bastonário da Ordem dos Médicos (2011-2016), nascido em 18 de setembro de 1959, apresenta-se ao eleitorado com o propósito de “curar o declínio” de Coimbra, “que se expressa e manifesta em muitos indicadores” económicos e sociais “em contraciclo com o desenvolvimento do país”.

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O Somos Coimbra não vai apresentar candidatura, situação que motivou uma cisão no movimento em outubro de 2020, e integra a coligação “Juntos Somos Coimbra” através do partido Nós, Cidadãos!, dado que a lei não permite coligações com movimentos independentes.

“Vamos desburocratizar, abrir e acelerar a Câmara, reduzir as taxas urbanísticas, instituir uma via rápida para o investimento empresarial, fomentar a criação de milhares de empregos, elevar Coimbra à condição de metrópole digital e trabalhar em conjunto com as principais instituições do concelho”, promete.

Nestas eleições, a CDU (PCP-PEV) volta a apostar no vereador Francisco Queirós, nascido em 02 de junho de 1964, que se candidata pela quarta vez consecutiva.

Desde 2013 que integra o executivo liderado por Manuel Machado, a tempo inteiro, como vereador da Habitação Social, Desenvolvimento Social, Gestão do Parque Habitacional Municipal, Promoção da Habitabilidade e Serviço Médico Veterinário.

“Estamos no executivo com total independência a lutar pelos interesses da melhoria das condições de vida das populações e para que o município seja mais transparente, mais próximo dos cidadãos e mais rápido nas respostas aos munícipes”, salienta Francisco Queirós.

O empresário Jorge Gouveia Monteiro, nascido em 10 de março de 1956, volta a ser o cabeça de lista do movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) à presidência da Câmara Municipal, repetindo a candidatura de 2017, na qual ficou a cerca de uma centena de votos de ser eleito.

Antigo vereador eleito pela CDU, é licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra e entre 1986 e 1990 foi membro da Assembleia Municipal. Em 1997, foi eleito vereador na autarquia e voltou a ocupar esse cargo entre 2005 e 2009, quando foi responsável pelo pelouro da Habitação.

Novidade neste ato eleitoral é a presença do Chega, que candidata o empresário e agente imobiliário Miguel Ângelo Marques, que quer apostar no fomento da economia, na fixação de jovens e empreendedores, e no apoio à população sénior.

Sem qualquer experiência política no passado, o candidato, que nasceu em 21 de setembro de 1971, revelou que foram as desigualdades sociais, a falência da economia e a falta de capacidade para criar emprego que o levaram a avançar com a candidatura.

O PAN vai a votos com o professor do ensino superior Filipe Reis, nascido em 30 de julho de 1964, que elegeu como bandeiras eleitorais o combate à crise social e às alterações climáticas, a mobilidade e a alimentação.

“As alterações climáticas e a crise social, que resulta da covid-19, são as duas questões do partido para todas as autarquias.

O diretor de marketing Tiago Meireles Ribeiro, que nasceu em 06 de junho de 1991, encabeça a lista da Iniciativa Liberal (IL), que apresenta um programa baseado em maior transparência, participação cidadã, competitividade e melhor ambiente.

O jovem com formação em Engenharia do Som numa instituição inglesa pretende criar uma cidade modelo, com maior transparência e participação cidadã, “ideal para viver”, que esteja ao serviço da população, e que seja uma “marca global, competitiva e dinâmica”.

A coligação “Coimbra é Capital” (PDR/MPT) apresenta como cabeça de lista a jornalista Inês Tafula, a única candidata mulher a disputar a presidência da Câmara, que tem como principal objetivo contribuir para a recuperação da notoriedade e dos índices de desenvolvimento do concelho.

“O nosso objetivo é o de que Coimbra se torne uma verdadeira capital de distrito e que não o seja só no papel. Esta não é a Coimbra de antigamente, pujante e liderante”, disse à agência Lusa a secretária-geral do Partido Democrático Republicano (PDR), nascida em 08 de março de 1985.

Nas anteriores eleições, o PS conquistou cinco mandatos, a coligação PSD/CDS-PP/MPT/PPM conseguiu três, o movimento Somos Coimbra alcançou dois e a CDU um.

O município, com 319 quilómetros quadrados (dados de 2020) tem 140.796 habitantes, menos 2.600 do que em 2011, o que reflete uma diminuição de 1,8%, de acordo os resultados preliminares dos Censos 2021.

Em 2020, a percentagem de população com 65 ou mais anos era de 26,09%, refere a plataforma EyeData.

Segundo a mesma plataforma, o ganho médio mensal dos trabalhadores por conta de outrem era de 1.182,40 euros em 2019 (abaixo da média nacional próxima de 1.207) e o número de médicos por mil habitantes era de 35,34 em 2020 (contra 5,56 a nível nacional).

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