Coimbra

Aterro de Coimbra à beira do colapso. ERSUC faz intervenção urgente

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 5 horas atrás em 16-04-2025

A ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro vai avançar com uma solução para prolongar a capacidade de deposição de resíduos urbanos no aterro de Coimbra, localizado em Vil de Matos, após a aprovação do licenciamento para a união de duas células do aterro.

A intervenção, que terá uma duração de seis meses, visa aumentar a capacidade de armazenamento e permitir a continuidade da gestão de resíduos urbanos na região por mais um ano, escreve o Jornal de Notícias.

PUBLICIDADE

publicidade

Sem a execução desta reengenharia, o aterro de Coimbra, que recebe os resíduos de 19 municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, corria o risco de esgotar as suas capacidades já em setembro de 2025. A medida tomada pela ERSUC surge como uma solução “mitigadora” de curto prazo, uma vez que, segundo o vereador do ambiente da Câmara de Coimbra, Carlos Lopes, a situação exigia uma ação urgente para evitar um problema grave de saúde pública.

PUBLICIDADE

A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) confirmou que a ERSUC já apresentou um pedido de alteração ao licenciamento para proceder à reengenharia das duas células do aterro, procedimento que, por não envolver modificações ambientais significativas, não necessita de uma Avaliação de Impacte Ambiental (AIA). Embora a empresa tenha também em estudo uma outra proposta de aumento da cota do aterro, esta requer AIA e ainda está na fase de elaboração.

O plano do Governo para a gestão de resíduos sólidos, denominado TERRA – Transformação Eficiente de Resíduos em Recursos Naturais, foi recentemente apresentado e inclui um investimento de 2,1 mil milhões de euros até 2030, com o objetivo de ampliar a capacidade de processamento de resíduos em várias regiões do país. A ampliação da capacidade de valorização energética e o alargamento das infraestruturas existentes são algumas das ações previstas para reduzir a quantidade de resíduos destinados a aterros e minimizar os impactos ambientais.

No entanto, a união das duas células em Coimbra é apenas uma solução provisória. A médio prazo, a Câmara Municipal de Coimbra está a explorar outras alternativas, incluindo a possibilidade de alargar as células existentes ou mesmo a deposição de resíduos em novos locais, para garantir a sustentabilidade da operação na região.

Com a implementação da reengenharia no aterro de Coimbra, espera-se que a capacidade de deposição de resíduos seja estendida até 2027, permitindo mais tempo para encontrar soluções de longo prazo para o crescente desafio da gestão de resíduos na região Centro e em todo o país.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE