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Assunção Cristas quer novo impulso na aquacultura para diminuir importação de peixe

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 25-11-2013

A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, disse hoje que o Governo aposta num novo impulso à aquacultura e que, mesmo com um Orçamento restritivo, conseguiu estender o gasóleo verde às embarcações de apoio.

Assunção Cristas falava aos jornalistas à entrada para o seminário ‘Aquacultura e Pescas, Oportunidades de Negócio, Portugal-Brasil’ que decorre na Universidade de Aveiro e que conta igualmente com a participação do ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil, Marcelo Crivella.

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“Para nós é tão importante (a aquacultura) que, num Orçamento do Estado restritivo, temos tudo o que é necessário para executar bem os fundos de apoio ao investimento na área do Promar. Negociamos com a Comissão Europeia podermos apoiar o aquaseguro, através dos fundos europeus, e conseguimos também estender o gasóleo colorido (gasóleo verde) a uma série de embarcações de suporte à aquacultura, que era algo que estava excluído”, salientou.

Segundo a ministra, trata-se de “uma aposta relevante para o país”, que consome, em média, três vezes mais peixe dos que o consumo médio europeu.

“Há uma margem de progressão que pode ser colmatada com a aquacultura. Importamos muito peixe por causa do desfasamento entre o que se pesca e o que se consome e a aquacultura é uma boa oportunidade para o país satisfazer o mercado interno”, disse.

Assunção Cristas referiu que Portugal já importa produto da aquacultura de “muitas partes do mundo”, pelo que “há uma margem grande para crescer na produção de peixe e de bivalves e de acrescentar valor através da indústria”.

Projetos não faltam e sente-se um novo dinamismo no setor, avalia a ministra, dando conta de que o programa Promar já apoiou em 44 milhões de euros “variadíssimos projetos de aquacultura” e, “só no período de pouco mais de um mês, no Algarve, entraram 11 novos projetos apara aquacultura em mar aberto (off-shore).

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Questionada sobre o empreendimento da Pescanova em Mira, que tem estado inativo, a ministra disse que tem “trabalhado intensamente com o grupo galego” para viabilizar aquele projeto, mas não através de financiamento junto do Estado português porque “esse apoio já foi dado”.

Assunção Cristas considerou “muito importante para o país” que a unidade de Mira da Pescanova volte a produzir: “Houve um problema de projeto de base nesse investimento que implicou, a dada altura, a pararem para fazerem os arranjos do ponto de vista técnico e das infraestruturas e a informação que temos é que estão a preparar-se para voltar a produzir, o que é muito importante para o país, porque foi um projeto grande e é positivo que possa voltar a dar resultados”.

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