Política
Associação quer combate a desinformação e corrupção para acabar com desigualdades
A associação 25 de Abril defendeu hoje ser preciso travar as desigualdades existentes em Portugal, considerando que, para isso, é imprescindível combater a desinformação e demagogias populistas e criminalizar a corrupção de responsáveis políticos.
Numa mensagem divulgada a seis dias da comemoração do 25 de Abril de 1974, a associação pede aos portugueses, e sobretudo “às gerações mais novas”, que recusem o “agravamento das desigualdades” e a “escandalosa má distribuição da mais-valia produzida” que a pandemia de covid-19 acentuou “sob pena de caminharmos para graves e devastadores conflitos”.
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Por isso, a 25 de Abril lembra que “a recuperação e reconstrução não poderão nunca acentuar essas desigualdades, mas antes ser o caminho para a concretização dos sonhos de Abril”.
Para o conseguir, defende, “teremos de ter coragem para enfrentar as campanhas de desinformação, de manipulação, de mentira, de demagogias populistas que procuram vender, agora como no passado, um mundo idílico a pensar na conquista do poder, que lhes permita impor os seus desígnios, sempre, como a História nos ensina, através de regimes fortemente opressivos que rapidamente esquecem os valores por si apregoados”.
A associação refere ainda que, “para que a luta saia vitoriosa, os responsáveis políticos têm de ter autoridade moral”, o que não pode acontecer quando há corrupção.
“É tempo de lhe pormos termo [à corrupção], de a criminalizar. É tempo de a honestidade passar a ser norma e não exceção”, afirma na mensagem relativa ao 47º. aniversário da “Revolução dos Cravos”.
“Estamos prestes a ultrapassar a idade da longa noite escura, em que os ditadores suprimiram as liberdades aos portugueses, os oprimiram e asfixiaram, lhes impuseram uma guerra e os transformaram num dos povos mais infelizes da Europa ocidental”, recorda a 25 de Abril, referindo que, nos últimos 47 anos, houve “altos e baixos”.
No entanto, considera, os “valores de Abril” nunca deverão deixar de ser cultivados, sobretudo face aos “novos inimigos que, traiçoeiros, vão surgindo”.
“Os mais frágeis estão cada vez mais desprotegidos enquanto a riqueza cada vez mais se concentra nas mãos de poucos. A escandalosa má distribuição da mais valia produzida tem de ser alterada radicalmente”, sublinha a associação, acrescentando que “os tempos são de resistência e de luta, mas também de esperança num futuro melhor”.
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