Coimbra

Associação Empresarial da Região de Coimbra diz que medidas do Governo não servem as empresas

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 23-11-2020

A Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) considerou hoje que as medidas anunciadas no sábado pelo Governo, para conter a pandemia causada pela covid-19, “não são consistentes” e “prejudicam as empresas e o país”.

Pina Prata, Presidente da NERC

“As medidas restritivas que atingem os próximos dois fins de semana, a que se junta a tolerância de ponto para alargar esses fins de semana até aos feriados de 01 e 08 de dezembro, traduzem-se num forte condicionalismo em relação a oito dias completos, cujos principais prejudicados são a economia local e o comércio, serviços e turismo”, refere a NERC em comunicado enviado à agência Lusa.

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Para a associação, o anúncio do Governo “é tanto mais grave quanto se recomenda e remete para as empresas a possibilidade de suspenderem a atividade”.

“Numa situação de quebra dramática dos rendimentos, o país não pode dar-se ao luxo de perder tantos dias de produção, não existindo qualquer base científica que justifique o encerramento generalizado das empresas”, alega.

A direção da NERC considera “fundamental que o Governo perceba que as empresas portuguesas têm compromissos a honrar com trabalhadores e com clientes e, se as empresas fecharem, uma parte vital do país fecha com elas”.

“A ajuda do Governo às empresas não pode ser por episódios e fatiada e tem de ser imediata, forte e bem pensada”, acrescenta.

Ainda de acordo com a nota, as medidas do Governo, das Câmaras Municipais e das Comunidades Intermunicipais (CIM) “não devem ser tomadas desgarradas, funcionando com apoios diferenciados e sem foco no objetivo coordenado de defesa das empresas na sua região”.

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A NERC assinala também que é preciso reforço para os apoios concertados e mobilizadores de apoio às empresas e ao apoio local “por parte da CIM da Região de Coimbra, bem como o seu papel supramunicipal com o envolvimento de todas as Câmaras”.

Se as estruturas municipais não funcionarem nestas alturas de crise, “não têm razão de existir no futuro, já que não cumprem o seu principal objetivo de concertação de emergência social e empresarial”, segundo a associação.

O Governo anunciou no sábado as medidas de contenção da pandemia da covid-19 para o novo período de estado de emergência, que vigorará entre as 00:00 de terça-feira, 24 de novembro, e as 23:59 de 08 de dezembro.

Entre outras medidas, nas vésperas dos feriados não haverá aulas e a função pública terá tolerância de ponto. O Governo apelou ao setor privado para dispensar também os trabalhadores nestes dois dias.

Em todo o território continental será proibido circular entre concelhos entre as 23:00 de 27 de novembro e as 05:00 de 02 de dezembro e entre as 23:00 de 04 de dezembro e as 23:59 de 08 de dezembro.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,3 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 3.897 em Portugal.

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