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Associação diz que centros de inspeção automóvel cumprem normas sanitárias

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 10-02-2021

A APIA – Associação Portuguesa de Inspeção Automóvel garantiu hoje que os centros que representa estão a cumprir todas a normas sanitárias, recusando críticas de inspetores noticiadas recentemente, de acordo com um comunicado.

A associação, que conta com 40 centros associados e mais de 400 trabalhadores, indicou que no âmbito da pandemia “os associados desde cedo adotaram medidas de combate à propagação do novo coronavírus, estando os centros de inspeção” a cumprir “um plano de contingência, encontrando-se atualmente em vigor em todos os centros procedimentos de segurança e higienização contra a covid-19”.

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“Desde o primeiro dia que os centros da APIA dispõem de álcool gel não só para os clientes, como também para todos os trabalhadores; desde a receção até ao final do processo de inspeção”, indicou a associação na mesma nota, acrescentando que “os utentes dos centros só podem entrar na receção desde que apresentem prova de marcação prévia, seja por via telefónica ou ‘online’, através dos sítios da internet de cada associado”.

De acordo com a associação, “a máscara é de uso obrigatório, tendo os associados da APIA procedido a uma iniciativa inédita em todo o país, a saber, distribuir gratuitamente máscaras a todos os clientes”.

A entidade destacou ainda que “o detalhe de higienização pode ser observado quando o inspetor, ao entrar no veículo, higieniza as mãos com álcool gel devidamente certificado” e quando “sai da viatura e dirige-se ao computador, higieniza novamente as mãos; entrega a ficha de inspeção ao cliente, tudo fazendo para garantir a respetiva ausência de vírus”.

A associação garantiu que “não foi identificado qualquer surto ou efeito de propagação de covid-19 nos centros de inspeção dos seus associados, tendo já realizado mais de 200 testes, pagos pelas empresas associadas, para despistagem e proteção dos trabalhadores que possam ter alguma sintoma ou tenham tido algum contacto suspeito”, assegurando que estão “plenamente asseguradas todas as condições de higiene e segurança na realização das ações de inspeção quer para os utentes dos centros quer para os seus trabalhadores”.

Em 04 de fevereiro, os técnicos de inspeção de veículos denunciaram a forma como estão a ser feitas as marcações na atividade e a falta de clarificação das normas, que leva a que não seja explícita a obrigatoriedade do uso de máscara.

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De acordo com Rui Torres, que está a liderar o processo de reativação da Associação Nacional de Técnicos de Inspeção de Veículos (Atipov), há vários anos sem atividade, as marcações estão “na mesma, a diferença é que as pessoas tendo que marcar fazem uma pretensa marcação no sítio e naquela hora”, referiu.

“Objetivamente os ajuntamentos mantêm-se na mesma. Não pode haver alterações, a calendarização está feita, a inspeção tem que ser naquela data e as pessoas acabam por se juntar na mesma”, explicou.

Alertou ainda para uma norma pouco clara quanto ao uso de máscara ou viseira durante as inspeções.

“O IMT [Instituto da Mobilidade e dos Transportes] e a ANCIA ainda não fizeram nenhum esclarecimento, continuamos na mesma, quem quiser pode só usar viseira”, referiu, alertando para os riscos de contágio que isso pode causar nos centros.

Contactada pela Lusa, a Associação Nacional de Centros de Inspeção Automóvel (ANCIA) recordou que, “na sequência da publicação do Decreto n.º 3-C/2021, de 22 de janeiro, os centros de inspeção tiveram de adaptar o exercício da atividade unicamente ao sistema de marcações, num contexto em que este procedimento já era facultado por algumas das entidades gestoras, designadamente, através de plataformas ‘online’, ‘email’ ou telefone”.

Ainda assim, “os centros de inspeção encontram-se ainda a alertar”, por exemplo por via postal ou ‘sms’ “os utentes para a obrigatoriedade da marcação prévia da inspeção, no âmbito das comunicações regulares que são enviadas a informar da data da próxima inspeção, verificando-se, em consequência, uma gestão mais adequada do movimento e afluxo aos centros de inspeção no atual contexto, evitando-se eventuais aglomerações de pessoas e, paralelamente, promovendo-se o distanciamento social”, garantiu Gabriel Almeida e Silva, secretário-geral da entidade.

A ANCIA indicou que a lei em vigor “prevê a obrigatoriedade do uso de máscara ou viseira para o acesso ou permanência em locais de trabalho, designadamente, nos centros de inspeção que são espaços amplos e arejados” e que neste âmbito a associação “recomenda que os colaboradores dos centros de inspeção devam utilizar os equipamentos de proteção individual, designadamente, viseira ou, preferencialmente, máscara, assim como aqueles que se mostrem adequados”, além do “cumprimento de todas as medidas de proteção, designadamente, a higienização das mãos antes de entrar num veículo e no fim de cada ato inspetivo” e outros procedimentos.

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