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Associação de estudantes brasileiros em Coimbra pede suspensão ou redução das propinas

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 25-03-2020

A Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros (APEB) em Coimbra pediu uma suspensão ou redução das propinas para todos os alunos, face à situação de pandemia da covid-19, afirmou hoje o presidente da instituição.

A suspensão ou redução do pagamento das propinas, bem como uma revisão da sua cobrança, é “a decisão mais sensata no momento atual”, disse à agência Lusa o presidente da associação, Rafael Firpo, considerando que neste, “tempo difícil”, há que “existir cooperação mútua”.

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“É o momento crucial para a Universidade de Coimbra tomar uma decisão que seria pioneira em Portugal e fazer essa revisão dos valores da propina para todos os estudantes. Esta luta não é uma questão de nacionalidade. É uma luta para toda a comunidade estudantil”, vincou o responsável, esperando que haja “bom senso” e que “o vírus não contamine a humanidade”.

Num comunicado publicado na rede social Facebook na terça-feira, a APEB-Coimbra realça que as medidas por si defendidas “evitariam um grande número de desistências, no meio de tantas dificuldades e incertezas, de estudar não só na Universidade de Coimbra, como também em toda a rede de ensino superior portuguesa”.

“Não são poucas as mensagens recebidas pela APEB-Coimbra relacionadas com a preocupação com o pagamento das propinas ou mesmo à manutenção da sua vida académica em Coimbra já que, infelizmente, os efeitos negativos da Covid-19 afetarão fatalmente o rendimento mensal das famílias dos estudantes, estudantes-trabalhadores e bolseiros”, lê-se no comunicado.

Nesse comunicado, a associação realça também que a Universidade de Coimbra (UC) está a procurar “manter da melhor forma possível o funcionamento da instituição”, mas nota que já receberam relatos de dificuldades com as aulas à distância e os estudantes de mestrado e doutoramento com problemas em continuar as suas investigações face à restrição no acesso às bibliotecas, laboratórios e demais serviços da universidade.

“Nós queremos parabenizar a Universidade de Coimbra pelos esforços, mas ainda há falhas no regime de aulas à distância, em que em alguns cursos está a funcionar muito bem e noutros nem tanto, e o acesso restrito à biblioteca acaba também por influenciar as pesquisas dos investigadores”, salientou Rafael Firpo, em declarações à agência Lusa.

Na terça-feira, Dia Nacional do Estudante, a Associação Académica de Coimbra (AAC) lançou uma petição pública para a suspensão imediata do pagamento das propinas e reforço extraordinário das bolsas no ensino superior português.

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