Coimbra
Associação de Ensino Particular pede ajuda para salvar fecho de pré-escolas
Em entrevista telefónica à Lusa, o diretor da Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), Rodrigo Queirós e Melo, admitiu que há estabelecimentos de ensino particular que vão ter “muita dificuldade” em reagir à crise financeira criada pela pandemia e pediu ajuda financeira ao Governo para apoiar as famílias que não consigam pagar as mensalidades.
“A nossa preocupação é que estas medidas de apoio à economia [anunciadas pelo Governo], abranjam estes estabelecimentos [de ensino particular], porque se não abrangerem e se um número considerável deles fechar, regressamos 40 anos atrás, porque quando isto passar, os portugueses depois não vão ter pré-escolar para deixar os filhos”, avisou Rodrigo Queirós e Melo.
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Nas situações em que as famílias não consigam pagar as escolas, o Estado deve substituir-se, seja através do “pagamento direto aos estabelecimentos”, seja “ajudando as famílias”, argumentou Rodrigo Queirós e Melo.
Para o responsável, a forma mais eficiente é permitir, tal como o regime de ‘lay off’ simplificado, um esquema simplificado para as famílias.
Segundo o diretor da AEEP, é o Estado que se deve “chegar à frente” para durante um ou dois meses fazer a ponte”, porque isso será mais vantajoso do que depois ter de “pagar subsídios de desemprego” por as escolas terem fechado.
Rodrigo Queirós e Melo alertou ainda que o possível fecho dos estabelecimentos particulares do pré-escolar é “especialmente preocupante”, porque “o último ano do pré-escolar é um preditor brutal de sucesso educativo futuro”.
“Está aqui um subsetor que o Governo deveria estar muito atento”, declarou, frisando que quase metade (46%) das crianças em Portugal que frequentam o ensino pré-escolar são do ensino privado.
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O setor dos estabelecimentos de ensino particular em Portugal acolhe cerca de 200 mil alunos e dá emprego a cerca de 7.000 pessoas, precisou.
“Temos estabelecimentos com 1.700 alunos e temos estabelecimentos com 30 ou 40 alunos. Temos estabelecimentos com todos os níveis de ensino e temos estabelecimentos que têm pré-escolar e primeiro ciclo, alguns com creches e, portanto, a situação de cada estabelecimento é “muito diversa”.
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