Economia
Associação de Centros comerciais fez acordos com 87% dos lojistas e nega pressão
A Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) afirmou hoje que já fez acordos com mais de 87% dos lojistas destes espaços para acederem a apoios para minimizar o impacto da pandemia e nega ter feito pressão nesse sentido.
A APCC respondeu, assim, à Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR), que divulgou hoje o resultado de um inquérito que refere que mais de 70% dos lojistas inquiridos denunciaram pressões dos centros comerciais para assinarem acordos com “cláusulas abusivas”, de forma a acederem a apoios.
“A APCC e os seus associados repudiam as graves e fantasiosas acusações feitas pela Associação de Marcas de Retalho e Restauração”, afirmou a Associação de Centro Comerciais numa declaração escrita à agência Lusa.
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A APCC salientou os seus “35 anos de história e credibilidade” junto dos “seus interlocutores, nomeadamente lojistas e entidades governamentais”, e considerou que “a AMRR, talvez por ser recente e por representar menos de 10% do total das lojas dos Centros Comerciais, tem alguma dificuldade em lidar com esta realidade”.
“Felizmente, essa situação não afeta a nossa relação com a larga maioria dos nossos lojistas, como se vê pela concretização de acordos com uma percentagem muito significativa destes: mais de 87% (sendo vários deles, inclusive, associados da AMRR), e que representam apoios num valor total de 305 milhões de euros ainda em 2020”, acrescentou a associação.
De acordo com as conclusões do inquérito feito a 1.669 pequenos e médios lojistas associados da AMRR, a proibição de recorrer a tribunais (87% dos contratos), o aumento do período de contrato (68%), o assumir das responsabilidades por parte do lojista em caso de uma nova vaga da pandemia (64%) ou até o aumento da renda variável (31%) são “algumas das cláusulas abusivas com que muitos centros comerciais estão a confrontar os lojistas, como contrapartida de oferecerem um desconto sobre o valor da renda enquanto as lojas estiveram fechadas”.
O inquérito, feito entre 12 e 15 de junho, refere ainda que “mais de 80% dos lojistas alvo de pressão abusiva foram ameaçados com promessas de serem banidos dos centros comerciais e de não poderem beneficiar de determinadas condições, caso o acordo não seja imediatamente assinado”.
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