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Associação da GNR considera estranho aumentos apenas para novos militares
A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) considerou hoje estranho o aumento na ordem dos 100 euros para os novos militares da GNR, avançando que tal só pode acontecer se a tabela remuneratório for alterada.
“É muito estranho falar em aumentos de salários quando a tabela remuneratória não foi alterada”, disse à Lusa o presidente da APG, César Nogueira, após o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro ter anunciado hoje que a proposta do Orçamento do Estado (OE) para 2023 prevê aumentos na ordem dos 100 euros para os novos agentes da PSP e militares da GNR.
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César Nogueira sustentou que o ministro não está a falar em aumentos salariais, mas sim nos apoios sociais, como alojamento e senhas para refeições para os novos elementos das forças de segurança, que já tinham sido anunciados.
“Não se trata de qualquer aumento, mas sim dos apoios sociais que vão ser dados aos guardas e agentes em início de carreira. Só pode ser isso”, afirmou.
Caso se trate de um aumento remuneratório, César Nogueira referiu que o ministro vai ter que o justificar aos restantes militares, uma vez que vão ser prejudicados e não recebem “um aumento há 12 anos”.
O presidente da APG disse também que, caso se concretize esta medida, os guardas que estão no primeiro nível vão passa a receber mais do que aqueles que estão no segundo nível remuneratório, tendo em conta que a diferença salarial rondar os 50 euros.
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