Coimbra

Associação Académica de Coimbra exige intervenção da ONU para a libertação de estudante preso e torturado no Egito

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 17-02-2020

Patrick George Zaki, estudante egípcio que se encontrava a realizar um Mestrado sobre a Igualdade de Género na Universidade de Bolonha, foi detido no passado dia 7 de fevereiro e consecutivamente torturado, numa clara violação pela convenção das Nações Unidas e dos Direitos Humanos, denuncia a Associação Académica de Coimbra.

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Preso no aeroporto internacional do Cairo aquando de uma visita à sua família, Patrick George Zaki, de 27 anos, é um reconhecido ativista no Egipto, debruçando-se nos estudos da igualdade de género enquanto atividade científica. E é por estas mesmas razões que os advogados de Patrick acusam as autoridades egípcias de o manterem detido, tendo sido igualmente alvo de espancamento, choques elétricos e ameaças.

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A Associação Académica de Coimbra (AAC) manifesta o seu profundo repúdio pelo retrocesso civilizacional que este caso representa para os estudantes do ensino superior de todo o mundo, em particular em relação à sua liberdade de expressão e de pensamento. “É uma situação inaceitável e desumana”, refere Daniel Azenha, Presidente da AAC.

“A Academia de Coimbra, ao longo da sua história, sempre foi marca de resistência contra os abusos de poder e regimes autoritários. As suas inúmeras gerações lutaram por direitos, liberdades e garantias que qualquer sistema democrático considera, atualmente, como essenciais. Temos, portanto, o dever de apontar o dedo ao regime egípcio e de denunciar os abusos. Exigimos a libertação imediata do colega Patrick George Zaki e reclamamos por uma investigação internacional sobre o tratamento e as torturas que recebeu!”, urge o Presidente da AAC.

No próximo dia 22 de Fevereiro, o estudante será apresentado perante a justiça egípcia, sendo um dia fundamental para a sua libertação. A Academia de Coimbra procura, por isso, mobilizar a comunidade internacional em torno deste caso, não só através desta denúncia mas também reivindicando junto da Organização das Nações Unidas uma intervenção urgente. “De forma a salvaguardar a restituição dos direitos humanos e das liberdades fundamentais do estudante egípcio, o próprio Secretário-Geral da ONU tem de ser alertado para esta situação, aguardando a comunidade estudantil internacional com expectativa por uma resolução inequívoca. A AAC está também a impulsionar o movimento associativo europeu, nomeadamente através da Associação Europeia de Estudantes, para que a pressão seja crescente até ao dia 22 de Fevereiro”, finaliza Daniel Azenha.

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