Região
Assembleia Municipal de Mira aprova orçamento de 22,5 milhões de euros para 2023
A Assembleia Municipal de Mira, no distrito de Coimbra, aprovou o orçamento para 2023, no montante de cerca de 22,5 milhões de euros, representando um acréscimo de quatro milhões de euros face ao orçamento de 2022.
Num comunicado, o município refere que o orçamento e as Grandes Opções do Plano (GOP) foram aprovados com 15 votos favoráveis do PSD, oito contra do PS e uma abstenção do Chega.
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O documento de gestão agora apresentado “mantém os princípios de gestão que a Câmara Municipal de Mira tem vindo adotar nos últimos nove anos e que se baseiam em valores como a transparência, o rigor e cumprimento dos compromissos assumidos com os mirenses”.
A autarquia afirma ainda que o documento num contexto de “enorme grau de incerteza / imprevisibilidade”, considera o evoluir da economia, face a fatores advindos, como o atual conflito militar na Ucrânia, ao contexto inflacionista, ao aumento dos custos da eletricidade, das empreitadas, da subida das taxas de juro, bem como, aos “acréscimos remuneratórios resultantes da proposta do Orçamento de Estado e de alterações obrigatórias de posicionamento remuneratório em resultado do processo de avaliação de desempenho”.
Tendo em conta todos estes fatores, o presidente da edilidade mirense, Raul Almeida, considera que este foi o documento mais desafiador ao nível da sua elaboração, desde logo por ser o mais alto da sua governação.
“Com as transferências de competências, com as consequências do Orçamento de Estado, sobretudo ao nível da política de recursos humanos e a subida da generalidade dos preços, este foi um orçamento difícil de concretizar”, reafirmou.
No entanto, a Câmara Municipal de Mira prevê “continuar a fazer investimentos estruturais”, concluindo os projetos em curso, tais como a ampliação das zonas industriais, a requalificação da Escola Secundária de Mira, o Atrium Mira o Centro de Recolha de Animais e aguarda “com grande expectativa” pela aprovação da candidatura submetida ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para requalificação do Centro de Saúde de Mira num investimento superior a 1,9 milhões de euros.
A Câmara recorda ainda que manteve para 2023 a taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) no mínimo legal, de 0,3% para prédios urbanos e 0,8% para prédios rústicos, a adoção do IMI familiar e a isenção da derrama.
“Apesar de todas as dificuldades impostas pela economia global, não abdicaremos de investir em Mira e nos mirenses. Em 2023 continuaremos a prosseguir a nossa política de criação de empregos com a valorização do nosso tecido industrial, a aposta na educação com a recuperação da maior escola do concelho e se possível a requalificação de outras infraestruturas”, assegura o autarca.
A Câmara quer também “continuar a investir na saúde”, não esquecendo o “eixo do turismo que é também fundamental para o desenvolvimento” do concelho, frisou.
O município comunicou que a ideia é “aproveitar ao máximo as oportunidades dos fundos comunitários” e deu ainda nota de que investiu nos últimos oito anos mais de 17 milhões de euros em projetos financiados por fundos comunitários.
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