Crimes

Assassino à solta há 10 anos? Ana e Luísa podem ter morrido às mãos do mesmo homicida

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 13 minutos atrás em 29-04-2025

Imagem: SIC

Ana Gomes, de 76 anos, foi encontrada sem vida dentro do poço da sua habitação, completamente nua e com sinais evidentes de violência, em Santa Cristina do Couto, Santo Tirso, em 2009.

O corpo foi descoberto na manhã de domingo pelo genro e pelo filho, depois de a mulher não ter dado notícias à família, como era habitual.

De acordo com o relato do genro ao Correio da Manhã, a vítima apresentava vários ferimentos, nomeadamente um golpe profundo na cabeça e lesões nas pernas e virilha. A forma como o corpo foi encontrado (despido e com feridas em zonas sensíveis) levanta suspeitas de uma possível tentativa de violação.

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As autoridades afastaram a hipótese de assalto, uma vez que a carteira de Ana, com os documentos e cerca de 300 euros, foi encontrada intacta no anexo da casa. O cenário do crime sugere premeditação: a roupa da vítima foi localizada num balde escondido atrás de uma cabina, ensanguentada, e o rasto de sangue nas traseiras levou os familiares até ao poço.

O local foi novamente inspecionado pela Polícia Judiciária e pelos bombeiros, que esvaziaram o poço à procura de pistas ou da arma do crime.

Ana Gomes vivia sozinha por escolha própria e era descrita pelos vizinhos como uma mulher calma e afável. Os filhos, que vivem nas redondezas, mantinham contacto frequente com a mãe. No entanto, nenhum dos vizinhos relatou ter ouvido barulhos estranhos.

10 anos depois, em 2019, Luísa Sousa foi assassinada em Santo Tirso. É investigada a hipótese de se ter tratado de um ataque sexual.

E eis que acontece a reviravolta. Um dos suspeitos sob investigação era um homem com antecedentes por um crime semelhante ocorrido há mais de uma década – o assassinato de Ana Gomes.

A mulher foi encontrada morta em casa com vários golpe pela irmã e por uma vizinha. Havia um rasto de sangue em várias divisões da casa. As autoridades acreditam que a vítima lutou até ao fim. Os familiares da mulher acham que Luísa pode ter sido ameaçada. Em causa estão alguns comportamentos estranhos que teve antes de morrer.

Segundo o Linha Aberta, um dos aspetos mais intrigantes é o arrombamento da sua casa, ocorrido poucos dias após o homicídio e levanta suspeitas. A família acredita que o arrombamento pode ser a chave para desvendar o mistério.

Os homicídios não resolvidos de duas idosas deixaram marcas profundas na comunidade, gerando um clima de medo e desconfiança.

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