Coimbra

“As pessoas estão penduradas na Linha SNS24 sem conseguirem contacto”

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 05-01-2022

O diretor do serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) diz que é preciso um “reforço ou transformação” da Linha SNS24 com “instruções e indicações muito claras e fáceis de acompanhar pela população”. Em entrevista ao Notícias de Coimbra, Carlos Robalo Cordeiro  considera que “só uma boa gestão a montante dos hospitais” e a “aceleração da vacinação podem evitar a rutura” das unidades de saúde. 

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“As pessoas estão penduradas na Linha SNS24 sem conseguirem um contacto”, lamenta o médico, para quem “todo o processo a montante dos hospitais tem de ser bem gerido, com automatismos, instruções e indicações muito claras e fáceis de acompanhar pela população”.

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“Se não houver resposta, como não está a haver neste momento, dos cuidados de saúde primários as pessoas dirigir-se-ão aos serviços de urgência”. Para o especialista “falta informação clara”. Na maior parte dos casos,  as pessoas não têm de ir à Urgência, assegura.

“A incidência desta onda ainda está longe de estar concluída e vai aumentar, não há dúvida nenhuma, nas próximas semanas”, afirma Robalo Cordeiro, mostrando preocupação em relação à pressão “sobretudo nos serviços de Urgência”.

Sobre as recomendações dos peritos na reunião que decorreu esta manhã no Infarmed, o pneumologista diz que “faz sentido as escolas abrirem” e “não haver agravamento das medidas”, mantendo-se a necessidade de “implementação de medidas gerais, de responsabilização dos portugueses, que já se mostraram capazes”.

Para o também diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra é importante que se faça um “reforço da vacinação nos próximos dias”. Quanto à possibilidade de eleitores em isolamento saírem para votar, o especialista não tem dúvidas que “haverá sempre risco” e o “ideal é não se fazer”.

Carlos Robalo Cordeiro pede “um pouco mais de resiliência” à população nesta que considera ser “a fase final da pandemia”. Acreditando que a partir da primavera-verão “podemos falar da fase endémica”, tendo “sazonalmente o regresso do coronavírus”, mas igualmente “outra capacidade terapêutica não apenas vacinal, mas também fármacos”.

 

Veja o direto NDC com a entrevista na íntegra:

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