Coimbra
Arrancaram as ações de rearborização do projeto Floresta da Serra do Açor
As ações de arborização e rearborização previstas no plano de atividades do projeto Floresta da Serra do Açor já estão em marcha. Luís Paulo Costa, presidente da Câmara Municipal de Arganil e também da Direção da Associação Floresta da Serra do Açor, acompanhou de perto dos trabalhos, revelando-se amplamente satisfeito por “ver arrancar um projeto que é, indiscutivelmente, um dos maiores e mais promissores que Portugal já testemunhou na área florestal”.
Neste primeiro ano do projeto está considerada a plantação de mais de 300 mil árvores nos baldios que compõem a Associação Floresta da Serra do Açor, atingidos pelo incêndio de 2017, numa área total superior a 430 hectares. Representando um investimento de 348 mil euros, estas operações de plantação abrangem as freguesias de Arganil, Benfeita, Celavisa, Folques e as Uniões de Freguesias de Cepos e Teixeira, Vila Cova do Alva e Anceriz e Cerdeira e Moura da Serra.
Os trabalhos previstos nesta fase, que deverão estender-se até meados de abril e que recomeçam no outono, incluem a preparação do terreno e o controlo da vegetação espontânea; o aproveitamento e beneficiação da regeneração natural; a beneficiação da vegetação autóctone das linhas de água e a plantação, maioritariamente composta por espécies autóctones. Com um horizonte temporal de 40 anos, o projeto estabelece que 85% dos povoamentos serão mistos, constituídos essencialmente por espécies autóctones, com uma grande capacidade de autorregeneração e elevada resistência ao fogo (ver caixa abaixo).
Este projeto de intervenção florestal, apoiado e financiado pelo Grupo Jerónimo Martins em cerca de 5 milhões de euros, foi concebido em parceria com a Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), contando com a validação e supervisão técnicas dos docentes desta instituição que integra o melhor conhecimento académico disponível e que tem uma forte tradição na área da gestão florestal.
As ações de arborização e rearborização são feitas com recurso a técnicas que protegem e valorizam o solo, sendo salvaguardadas as espécies folhosas autóctones que se encontrem na área de intervenção, nomeadamente sabugueiro, cerejeira, loureiro e salgueiro.
Este projeto inovador, estruturado e multifuncional, que se propõe a garantir uma gestão integrada e profissional do espaço florestal, vai permitir a recuperação e revitalização de cerca de 2.500 hectares de terrenos baldios do concelho de Arganil, que viu 88% da sua mancha florestal fustigada pelos incêndios de outubro 2017. Dos 5 milhões de euros investidos pelo Grupo Jerónimo Martins, 75% serão ativados nos primeiros anos, através da plantação de um milhão e oitocentas mil árvores nos primeiros 5 anos do projeto.
“Trata-se de um plano de intervenção que se distancia e destaca de tudo aquilo que é habitual neste âmbito e que fica muito para além de nós; que foi projetado com os olhos postos no futuro, com o intuito de criar um território verdadeiramente resiliente e resistente a tragédias como a que Arganil viveu em 2017”, refere Luís Paulo Costa, enaltecendo o financiamento privado, no âmbito do mecenato, da Jerónimo Martins, “imprescindível à concretização do projeto”.
Para António Serrano, representante da Jerónimo Martins no Conselho Estratégico da Associação Floresta da Serra do Açor, “é com grande entusiasmo que assistimos ao arranque da concretização de um projeto que será verdadeiramente transformador da região e com o qual o Grupo Jerónimo Martins está firmemente comprometido”.
O projeto considera, ainda, propriedades da Câmara Municipal de Arganil e da Junta de Freguesia de Arganil. Contando com um Conselho de Acompanhamento Estratégico, onde têm assento a Jerónimo Martins, a Câmara Municipal de Arganil e a ESAC, a Associação tem como presidente da Direção Luís Paulo Costa e como vogais José Costa, representante dos Baldios de Cepos e Casal Novo, e Paulo Batista, representante dos Baldios de Salgueiro, Alqueve e Bocado.
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