Coimbra

Arrancam os 44 dias de greve dos SMTUC. Motoristas param mas “aceleram” na luta

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 8 horas atrás em 10-02-2025

O Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local convocou 44 dias de greve para os Transportes Urbanos de Coimbra, começando já com dois dias a partir desta segunda e terça-feira, 10 e 11 de fevereiro, e aumentando progressivamente ao longo dos meses até setembro, mês das autárquicas.

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O Notícias de Coimbra esteve esta manhã, 10 de fevereiro, na sede dos SMTUC e ouviu as reinvindicações , como dá a conhecer o motorista João Soares: “são a nossa carreira, que nos foi retirada há muitos anos, a carreira de agente único, passámos a ser assistentes operacionais, isto é um problema com muitos e muitos anos, e também queremos a atribuição para minorar este problema de um subsídio que será atribuído pelo Governo, pela Câmara, enfim, que nos resolva a nossa situação, como de resto nos foi prometido por este presidente da Câmara”.

Houve “uma reunião em outubro, onde pedimos um subsídio onde o presidente nos pede um parecer favorável […] nós enviamos o parecer dizendo que sim, que devemos receber esse subsídio, entretanto, a resposta a esse pedido que fizemos vem sexta-feira passada [7 de fevereiro]”, que foi um “parecer negativo”, afirma.

De “104 motoristas que já deviam ter saído para a rua, saíram apenas três”, aponta.

“Infelizmente para as pessoas, a nossa última forma de protesto, de querer reivindicar, de querer que nos melhorem as nossas condições, é esta, é a greve, porque o diálogo connosco é feito, ao que parece, pela comunicação social. Nós temos quase que reagir, portanto, não está a haver um diálogo construtivo e proativo na solução dos nossos problemas”, reafirma.

Os motoristas estão a fazer circular um abaixo-assinado, onde alertam e reivindicam para que resolvam a sua situação. “Vai ser entregue hoje cópias ao presidente da Câmara, amanhã iremos à residência oficial do senhor Primeiro-Ministro entregar o mesmo abaixo-assinado para que nos resolvam a nossa situação”, afirma.

 Luísa Silva do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local afirma que dos três autocarros que saíram, um deles foi “um trabalhador em final já de carreira, que já não tem muito a ganhar com estas lutas, e portanto é um motivo de satisfação esta união dos trabalhadores num momento de cansaço, de saturação, fartos de promessas, e portanto a luta é o único caminho. Hoje é o primeiro de 44 dias até setembro de greve”, mas não seguidos. Ocorre até setembro e são dois dias em fevereiro, três em março, quatro em abril, e assim progressivamente até às eleições autárquicas.  

“Não é uma questão contra a população, como é óbvio, é uma questão de valorização dos seus trabalhos […] estamos a falar de problemas concretos como o não gozo dos dias de férias, os trabalhadores gozam 18 dias por ano quando têm direito a 25, têm direito a um suplemento de penosidade que o presidente não quer dar, que eram mais de 150 euros nos seus ordenados, portanto há coisas que dependem do presidente da Câmara e que não são concretizáveis”, reivindica.

“Há anos que ouvem promessas para as suas carreiras, os trabalhadores que fazem das tripas coração para às vezes virem com autocarros em más condições, servir o público, dar um sorriso quando às vezes sabemos como é que estão as suas vidas. No inverno os trabalhadores saem às cinco e meia da manhã com autocarros que não têm aquecimento”, atira.

Solicitaram uma reunião na Câmara e foi-lhes informado que José Manuel Silva os ia receber para este baixo assinado.

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