Portugal

Armando Leandro homenageado em Moimenta da Beira apela ao direito das crianças

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 08-12-2023

Imagem: Reprodução @Municipio Moimenta da Beira

O juiz conselheiro jubilado Armando Leandro pediu hoje a concretização dos Direitos Humanos, nomeadamente os das crianças, durante uma cerimónia em sua homenagem que decorreu na Câmara Municipal de Moimenta da Beira, no distrito de Viseu.

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“Ligando às instituições judiciárias, aqui tão distintamente presentes, é possível, apesar das muitas problemáticas do presente e do futuro próximo, afirmarmos nesta questão, e noutras conexas, a valia ontológica de cada pessoa e a consequente exigência da realização dos Direitos Humanos, nomeadamente os das crianças”, afirmou.

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Numa intervenção de dois minutos, o juiz conselheiro jubilado disse que o que unia as pessoas presentes na homenagem era a “interiorização e concretização dos Direitos Humanos, de cada uma e de todas as crianças”.

Armando Leandro assumiu que tem “específicas responsabilidades pelas funções” que exerceu ao longo da vida profissional, nomeadamente a de presidente da Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens.

No decorrer da homenagem, as palavras foram unânimes nos discursos proferidos e adjetivos como “profissionalismo, sabedoria, humildade, humanismo, competência, exemplo cívico, lealdade e ética” foram dos mais ouvidos.

Na base da homenagem está a naturalidade de Armando Leandro, que nasceu em 14 de abril de 1935, em Tabuaço, no distrito de Viseu, e da sua ligação a Moimenta da Beira, cujo presidente do município, Paulo Figueiredo, disse ser “um dos embaixadores” do concelho e “um expoente máximo da região”.

Uma ligação que o presidente do Tribunal da Relação de Coimbra, o juiz desembargador Jorge Loureiro, também destacou, numa relação “mais intimista” já que a sua “mãe era natural do concelho de Tabuaço”.

“Por outro lado, e o senhor juiz conselheiro Armando Leandro converteu-se, se assim se pode dizer e se é que é possível, ao concelho de Moimenta da Beira, que é justamente o concelho de onde é natural o meu pai”, acrescentou Jorge Loureiro.

A juiz presidente da Comarca de Viseu, Rute Sobral, aproveitou a cerimónia para lembrar o percurso profissional do homenageado, nomeadamente na altura em que foi diretor do centro de estudos judiciais, altura em que teve contacto com Armando Leandro.

À saída, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça, o juiz conselheiro Henrique Araújo, disse aos jornalistas que foi uma “homenagem merecidíssima”, já que se trata de “uma pessoa ímpar na justiça portuguesa”.

“Foi meu mestre no centro de estudos judiciários há 41 anos e é uma pessoa por quem tenho, eu e a generalidade dos portugueses, grande estima e consideração e estou muito feliz”, disse Henrique Araújo.

A cerimónia contou ainda com os mais altos responsáveis da área da Justiça, nomeadamente a Procuradora Geral da República, Lucília Gago, que não usou da palavra e não falou aos jornalistas.

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