Economia

Arganilense Pinewells cresce 30% em 2013

Notícias de Coimbra | 11 anos atrás em 16-03-2014

A faturação da Pinewells, empresa do grupo Visabeira que produz ‘pellets’, um combustível orgânico proveniente da madeira, aumentou 30% em 2013, face ao ano anterior, para 16,7 milhões de euros, disse à Lusa o administrador.

Com uma unidade em Arganil, a Pinewells exporta a maioria da sua produção de ‘pellets’, um combustível orgânico de forma cilíndrica produzido através de biomassa densificada, com origem no serrim e resíduos de madeira.

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Para este ano, a expectativa é “atingir um volume de negócios de 18 milhões de euros”, disse João Baetas, administrador desta área de negócio da Visabeira, o que, a acontecer, representará um aumento de 7% face a 2013.

Atualmente, com a exportação a representar 85% do negócio, João Baetas estima que este ano o peso internacional seja de “80%, por crescimento da quota destinada ao mercado português”.

A Pinewells exporta essencialmente para Inglaterra, Espanha, Dinamarca e Itália, com os três primeiros destinos a representarem a maior fatia do mercado internacional, de acordo com o administrador.

Questionado sobre se pretendem apostar em novos destinos este ano, João Baetas respondeu afirmativamente, nomeadamente “os mercados francês e alemão”.

Na área industrial, os principais clientes da Pinewells são as empresas produtoras de energia DRAX, EON e Electrabel, enquanto no segmento doméstico encontram-se os grandes armazenistas e o setor da distribuição moderna, bem como algumas indústrias, onde se incluem a têxtil ou de panificação, entre outras, a hotelaria, organismos públicos (como pavilhões desportivos) e IPSS – Instituições Particulares de Solidariedade Social.

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Sobre a quota em Portugal, João Baetas disse que “é difícil de quantificar por inexistência de dados fidedignos” sobre o mercado português.

“No entanto, pretendemos passar das 15.000 toneladas vendidas em 2013 para cerca de 30.000 toneladas em 2014, acompanhando o movimento de crescimento do mercado nacional”, acrescentou o administrador.

Questionado sobre o impacto da crise económica portuguesa no negócio da Pinewells, João Baetas explicou que a empresa não foi afetada porque “90% da produção é exportada”.

No entanto, “admito que, a ter havido algum impacto, o mesmo foi positivo, pela procura de alternativas energéticas mais baratas”, onde as ‘pellets’ têm “clara vantagem face aos combustíveis de origem fóssil, permitindo uma poupança superior a 50% ao consumidor final”.

Por isso, o administrador considerou que a saída da ‘troika’ não irá afetar o negócio.

Quando questionado sobre se pretende fazer investimentos para aumentar a produção, João Baetas disse: “Em 2014 não, já que a empresa fez um investimento de aproximadamente um milhão de euros em 2013 com o objetivo do aumento da capacidade produtiva em 25%, para um valor atual de 150 mil toneladas por ano”.

A aposta este ano “será na área logística e na melhoria da operacionalidade do setor de embalagem”, acrescentou.

Atualmente, a empresa conta com 42 trabalhadores e não tem perspetiva de aumentar postos de trabalho este ano.

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