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Arábia Saudita executa mais 3 pessoas e soma 100 desde o início do ano
A Arábia Saudita executou hoje quatro presos, apesar das recentes críticas internacionais, elevando o número total de execuções desde o início do ano para 100, um número já superior ao de todo o ano passado.
A monarquia do Golfo, um dos países que mais praticam a pena de morte, é regularmente apontada por organizações humanitárias por violar os direitos humanos e pelo seu sistema judicial.
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Dois cidadãos indonésios e dois cidadãos sauditas, condenados em casos separados de assassinato ou violações, foram executados hoje, anunciou o Ministério do Interior saudita, citado pela agência de notícias oficial, SPA.
Três outros homens foram executados na quarta-feira, enquanto no sábado foi aplicada a pena de morte a 81 pessoas acusadas de terrorismo, um recorde de execuções no reino feitas num só dia.
No ano passado, o número de execuções foi de 69, segundo uma contabilização feita pela agência francesa de notícias AFP.
Os crimes puníveis com morte na Arábia Saudita são variados, passando por homicídio, violação, assalto à mão armada, feitiçaria, adultério, sodomia, homossexualidade e até apostasia (renegar algo).
A alta-comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, pediu na segunda-feira que Riade ponha fim às execuções, enquanto a organização humanitária Human Rights Watch denunciou uma “demonstração brutal” do “regime autocrático” saudita.
Ao visitar a Arábia Saudita na quarta-feira, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, também mencionou “as preocupações do Reino Unido com os direitos humanos” no reino árabe, de acordo com um comunicado divulgado pelo gabinete inglês.
Desde que Mohammed bin Salman se tornou príncipe herdeiro, em 2017, as autoridades sauditas reforçaram consideravelmente a repressão contra a sociedade civil e nomeadamente contra opositores políticos e ativistas feministas.
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