Economia
Aprenda a poupar 40 euros numa ida ao supermercado
A DECO PROTESTE reuniu alguns conselhos que pode adotar, como por exemplo, como poupar 40 euros numa ida às compras no supermercado.
Legumes ultracongelados chegam a custar menos 80% do que os frescos e as embalagens familiares compensam quase sempre. Em tempo de crise, há que arranjar soluções para poupar em várias frentes.
“Num estudo comparativo de preços de várias versões de um mesmo alimento (por exemplo, brócolos frescos e ultracongelados ou feijão seco versus enlatado ou embalagem pequena e familiar de corn flakes), verificou-se que é possível poupar, e muito, na fatura das compras, sem renunciar à qualidade nutricional”, informa.
A DECO PROTESTE comparou o preço de alimentos disponíveis em embalagens grandes versus pequenas (o cálculo considerou um quilo de produto). Verificou também outras hipóteses de poupança, considerando diferentes opções: produtos frescos e ultracongelados ou em conserva, embalados versus a granel, frutos secos com casca e sem casca, etc. Só foram consideradas marcas com versões alternativas no mesmo supermercado.
No final, foi feito o cálculo do custo total de um cabaz de 16 produtos para quem opte pelas versões mais baratas, para verificar quanto se pode poupar. Para ser equiparável, o preço foi calculado por quilo. Para produtos com e sem casca e enlatados, considerou-se o peso de produto edível (realmente consumível, de acordo com dados do Instituto Dr. Ricardo Jorge). Para o café, os cálculos foram feitos para 40 cápsulas, expica.
Num total de 16 produtos analisados, qualquer cliente gastaria cerca de 112,80€. Com as dicas da organização de defesa do consumidor, o cliente gastaria por volta de 72,80€, ou seja, uma poupança de 40€.
Passa a explicar que os ultracongelados são práticos e quase sempre mais baratos. A começar pelos legumes que ficam a um quinto do preço dos frescos. São sempre mais (ou mesmo muito mais) baratos: chegam a custar um quinto do preço. Isto porque se aproveita tudo dos legumes congelados. Vejamos alguns exemplos.
Espinafres até 80% mais baratos: um molho de espinafres a granel confere uma poupança de 14%, em média, podendo mesmo ser na ordem dos 20%, consoante a marca e a loja. Já se os vai cozer, os espinafres ultracongelados são, de longe, a opção mais em conta. Os ultracongelados são, em média, 72% mais baratos, podendo a poupança atingir 80% dependendo da marca e do supermercado.
Brócolos a menos de metade do preço e mais práticos: Se costuma comprar brócolos a granel, saiba que, depois de eliminar os talos, só se aproveita cerca de metade do legume. A versão ultracongelada só apresenta vantagens: sai por menos de metade do preço, é igualmente nutritiva, é bem mais prática. Não se perde tempo na preparação e lavagem, o tempo de cozedura é menor e aproveita-se tudo, conserva-se por mais tempo. Guardados no congelador, pode cozinhar só a dose necessária e não corre o risco de amarelarem, se não os consumir no curto prazo, como se lê no artigo da DECO PROTESTE.
Este exemplo aplica-se a outros legumes, como alho-francês. Se costuma comprá-lo fresco inteiro e se costuma eliminar a rama verde, saiba que só aproveitará pouco mais de metade do legume. Neste caso, é preferível recorrer à versão embalada, já sem a rama, ou ultracongelada. Poupa assim, 10% e até 75% do dinheiro. As ervilhas congeladas são igualmente práticas e 50% mais em conta do que as enlatadas.
Cogumelos laminados congelados: Os cogumelos inteiros frescos conservam‑se mais tempo do que os laminados, desde que bem acondicionados no frigorífico. Depois de lavados, o tempo que se perde a laminar é muito reduzido e o desperdício é zero, já que se aproveita tudo. “Considerando as versões embaladas, os inteiros são, em média, 17% mais baratos do que os laminados. Consegue-se ainda mais poupança optando pelos frescos inteiros a granel”, informa a DECO PROTESTE.
Peixe: Ainda no setor dos ultracongelados, e ao contrário dos legumes, o peixe sai mais caro: os lombos de salmão frescos (a cerca de 20 euros o quilo) são, em média, 21% mais baratos do que os ultracongelados, podendo a diferença ser mais do dobro, se considerarmos marcas mais caras, a cerca de 58 euros ou mais por quilo. Se pretende ter algumas postas de reserva no congelador, é preferível comprá‑las na peixaria e congelá‑las.
Conservas chegam a custar o triplo face a leguminosas secas: O feijão ou o grão em conserva são mais práticos do que as versões secas, porém a organização portuguesa de defesa do consumidor aconselha a comprar as leguminosas secas e a prepará-las em casa: ficam a metade do preço das conservas grandes e até três vezes mais baratas, se considerarmos as latas mais pequenas.
Conservas em frasco mais baratas do que as de lata: Se preferir comprar as leguminosas em conserva, para não ter o trabalho de demolhar e cozer, opte por frasco de vidro. O estudo verificou que as conservas em frasco são 17% a 40% mais baratas do que em lata, considerando embalagens grandes e pequenas, respetivamente.
Miolo de nozes mais caro do que nozes inteiras: Comprar os frutos secos inteiros com casca compensa. As nozes com casca chegam a ser 26% mais baratas do que o miolo vendido em metades, já tendo em conta que só se aproveita cerca de metade do peso após descascá‑las.
Pique os alhos e as cebolas em casa: As cebolas e os alhos já picados ultracongelados são uma tentação para quem os utiliza regularmente nos cozinhados. Além de poupar tempo na preparação dos pratos, não ficará com aquele cheiro característico nas mãos nem com os olhos congestionados. Contudo, esta opção é bastante mais cara.
Embalagens familiares são geralmente mais em conta: É um formato onde se poupa na carteira e no ambiente, se não desperdiçar . As embalagens grandes permitem, quase sempre, economizar dinheiro, além de que poupam embalagem. São sobretudo interessantes para produtos muitos consumidos em casa e com prazos de validade mais alargados, como café, cereais e ultracongelados.
Optando por uma embalagem de 40 cápsulas em vez de quatro caixas de dez unidades, economiza três cêntimos por café, no caso de uma marca de supermercado. Por exemplo, uma família que beba quatro cafés por dia pagará 263 euros ao fim de um ano: optando por caixas com mais unidades, poupará 44 euros. Considerando cápsulas de outras marcas, a poupança poderá ser superior, na ordem dos 30%.
Nos produtos de mercearia, como cereais de pequeno‑almoço ou esparguete, os formatos familiares também saem, quase sempre, mais em conta. Por vezes há exceções, pelo que é preferível comparar preço ao quilo, lendo o letreiro na prateleira do supermercado, alerta a DECO PROTESTE.
As embalagens familiares também são frequentes nos ultracongelados e são uma boa opção. São geralmente mais baratas, sobretudo no caso dos legumes, têm um prazo de validade mais alargado do que os produtos frescos. Um saco de um quilo de ervilhas ultracongeladas, por exemplo, permite poupar até 40% face às embalagens de 400 gramas.
Noutros tipos de produtos, tais como panados ou douradinhos, a troca também é geralmente vantajosa.
Contudo, a poupança com embalagens grandes de medalhões de pescada ultracongelados é quase nula. Como já referido, para guardar peixe no congelador, privilegie peixe fresco e congele‑o em porções.
A DECO PROTESTE indica um conjunto de estratégias para poupar e de alertas para não ser induzido em erro.
Comparar preços entre lojas e no local de compra é o primeiro passo.
Verifique também se as promoções e as embalagens grandes compensam e opte, sempre que possível, por alternativas mais económicas de um mesmo produto. A exceção confirma a regra, como se costuma dizer. Embora os ultracongelados sejam geralmente mais baratos, no caso do peixe, compensa optar por peixe fresco.
Quanto aos formatos familiares, por serem, em regra, proporcionalmente mais baratos, a DECO PROTESTE não deixa de alertar para o facto de ter encontrado algumas embalagens familiares de cereais que não compensavam face aos pequenos formatos.
Nunca deixe, por isso, de comparar o preço ao quilo ou litro ou à unidade. Os comerciantes são obrigados a afixá‑lo junto dos produtos, mas estão quase sempre em letra miniatura.
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