A polémica que começou há 20 semanas teve agora um desfecho positivo para Joana Amaral Dias. A comentadora e psicóloga, que em dezembro de 2024 se viu envolvida numa situação em que lhe recusaram o pagamento em numerário numa loja Vitaminas, celebrou o recuo da cadeia de restaurantes, que anunciou ter alterado a sua política e começado a aceitar dinheiro vivo em todas as suas lojas.
A história começou numa tarde comum, quando a conimbricense se dirigiu com uma amiga a uma das lojas Vitaminas para pagar uma gelatina. Porém, para surpresa de ambas, a funcionária informou-as de que o pagamento em numerário não seria aceito. Em vez de permitir o pagamento, a loja alegou que apenas cartões bancários eram válidos. Um incidente aparentemente simples, mas que foi tratado por Joana com grande seriedade, levando-a a questionar a legalidade da recusa.
De imediato, partilhou a sua indignação nas redes sociais, denunciando o sucedido. Num vídeo que rapidamente se espalhou pela internet, a comentadora desafiava a prática do Vitaminas, referindo que tal atitude violava a legislação portuguesa, que obriga os estabelecimentos a aceitarem pagamentos em numerário, salvo exceções bem fundamentadas.
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A denúncia gerou uma onda de reações, com muitos a questionarem a prática das grandes cadeias de restauração de não aceitarem dinheiro, numa sociedade onde o uso de cartões bancários nem sempre é acessível a todos. A situação foi ainda mais amplificada pela postura da marca, que não reagiu de imediato aos apelos públicos.
Nos dias seguintes, Joana Amaral Dias não se calou e continuou a pressionar publicamente a empresa.
Entretanto, passaram-se 20 semanas, a cadeia de restaurantes anunciou que a partir de agora, todos os seus estabelecimentos passariam a aceitar pagamentos em dinheiro.
Num novo vídeo nas redes sociais, publicado a 27 de março, Joana celebrou a vitória: “É uma vitória da cidadania ativa. Vinte semanas depois, o Vitaminas já aceita dinheiro. Isto mostra que vale a pena lutar pelos nossos direitos”, afirmou, orgulhosa pelo recuo da empresa.
O Vitaminas já aceita dinheiro 💰vivo! Vitória💪🏻 !
— JOANA AMARAL DIAS (@joanamaraldias) March 27, 2025
20 semanas depois da nossa reclamação neste estabelecimento, a lei está a ser cumprida. Em #Portugal, é obrigatória a aceitação de dinheiro físico, não existindo, contudo, sanções legais para quem viole esta obrigação. Quando for… pic.twitter.com/KK9O1NPEFs
Este desfecho foi encarado por muitos como uma grande vitória para os consumidores e uma demonstração de como a pressão pública pode alterar práticas empresariais. A mudança na política de pagamento do Vitaminas surge, também, como um sinal de que a defesa dos direitos dos cidadãos continua a ser essencial, independentemente da dimensão da marca ou do poder económico envolvido.
Contudo, a psicóloga também deixa o alerta: “a introdução do #euro digital é já para outubro, segundo anunciou #Lagarde. Eis o fim das liberdades públicas tal como as conhecemos, a morte da privacidade e do anonimato. Cada pagamento que fizeres será rastreado e podes ter a tua conta bloqueada a qualquer momento. Todas as taxas e taxinhas serão cobradas na hora, automaticamente. Podem colocar um prazo de validade no teu dinheiro para te obrigarem a gastar e a consumir, obrigarem-te a comprar apenas aos vendedores autorizados, ou congelar o teu capital em nome de qualquer política monetária. O fim do numerário elimina também única forma de pagamento gratuita, deixando todo o espaço para a gestão discricionária de preços nas transações eletrónicas. Além de excluir milhares de pessoas.”
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