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Apalpa, dá palmada no rabo a funcionária e chama-lhe “coisa boa”
O diretor de uma loja Continente na zona sul do país foi despedido por justa causa depois de, no interior de uma cafetaria da unidade comercial, ter apalpado e dado uma palmada no rabo de uma colaboradora, chegando mesmo a chamá-la de “coisa boa”.
Os factos, de acordo com o Jornal de Notícias, remontam a 12 de janeiro de 2023. Nesse dia, por volta das 14:40, o responsável entrou na cafetaria quando a colaboradora estava a lavar a loiça tendo, de forma não intencional, chapiscado água para as calças do diretor da loja.
Na acusação, é dito que ele terá fingido que ficou chateado e até se riu, mas a funcionária pediu desculpa já que apenas era água.
Após esta declaração, o homem terá usado a mão direita para dar uma palmada no rabo da colaboradora, apalpá-la e dizer-lhe “coisa boa”.
A mulher terá ficado sem reação, mas depois contou os factos à chefia. No dia seguinte aos factos, o diretor da loja – funcionário da empresa há 21 anos – foi informado que lhe tinha sido instaurado um processo disciplinar e a sua suspensão de funções, tendo acabado por ser despedido.
O ex-diretor avançou para a justiça dizendo que aquela foi “uma história” contada pela mulher, negando mesmo a prática dos factos. Pediu a reintegração no posto de trabalho ou, em alternativa, que lhe fossem pagas duas indemnizações: uma pela antiguidade e outra por danos não patrimoniais (valor superior a 6 mil euros).
O Continente contestou e o tribunal de 1.ª instância deu razão à empresa retalhista. O antigo funcionário contestou e, em julho, o Tribunal da Relação de Évora manteve a decisão.
No acórdão, os juízes João Nunes, Paula do Paço e Emília Costa referem que o antigo diretor “teve um comportamento humilhante, vexatório e atentatório da dignidade da colaboradora”.
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