Na manhã desta terça-feira, 29 de abril, o Notícias de Coimbra esteve na praça de táxis na Avenida Fernão de Magalhães, onde falou com Albano José, taxista há vários anos, que descreveu o dia de ontem, marcado pelo apagão, como invulgar, mas surpreendentemente positivo para o setor.
“O nosso sistema foi abaixo e não tinham meio como nos contactar através da nossa central Polítaxis e através dos nossos telemóveis privados também não conseguiam.”, afirmou o profissional. A impossibilidade de contacto remoto levou os passageiros a adotarem uma solução mais tradicional: dirigiram-se diretamente às praças de táxis.
Segundo Albano José, o fluxo de clientes foi bastante superior ao habitual. “Chegávamos às praças e já havia clientes à espera. Normalmente, somos nós que aguardamos por passageiros. Desta vez foi ao contrário.” O taxista acrescenta que a concorrência desleal (referindo-se aos serviços TVDE) também esteve inoperacional, o que beneficiou diretamente os taxistas convencionais. “Para nós foi uma lufada de ar fresco.”
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Apesar do caos instalado em vários setores do país, para este profissional o dia foi “muito bom”. “Fiz mais do dobro ou do triplo dos quilómetros que faço num dia normal. E o feedback que tenho de colegas é semelhante. Muitos táxis saíram para fora da cidade”, aponta.
Questionado sobre o combustível, Albano garante que estava prevenido: “O meu carro anda sempre com o depósito cheio. Podia trabalhar mais dois dias, tranquilo.”
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