Política

António Costa termina visita a Angola e junta-se depois a Marcelo Rebelo de Sousa na África do Sul

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 06-06-2023

O primeiro-ministro português termina hoje a sua visita oficial de dois dias a Angola com deslocações à Caixa Angola, à Escola Portuguesa de Luanda e à Fortaleza de São Francisco do Penedo, onde estiveram presos independentistas angolanos.

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A meio da tarde, António Costa parte para Joanesburgo, onde, a partir de quarta-feira, se juntará ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões com comunidades portuguesas residentes na África do Sul.

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Ao início da manhã, António Costa, acompanhado pelo presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, e pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, visita o Banco Caixa Geral Angola, comercialmente conhecido Caixa Angola e que remonta à sucursal do então Banco Totta & Açores, que foi a primeira Instituição bancária privada a operar em Angola depois da independência em 1975.

Segundo o Governo, esta a Caixa Angola foi inaugurada no dia 30 de abril de 1993, fazendo este ano 30 anos de existência. A CGD detém a maioria do capital social do Caixa Angola (51%) e o banco está presente em Luanda e mais oito províncias, sendo uma instituição essencialmente direcionada para o segmento das grandes e médias empresas e para o mercado de particulares.

A seguir, na Fortaleza de São Francisco do Penedo, onde estarão presentes os ministro da Cultura e das Obras Públicas de Angola, assim como representantes da Mota-Engil, António Costa fará uma breve intervenção.

De acordo com o executivo de Lisboa, este é um projeto prioritário para o Governo de Angola e está enquadrado na linha de financiamento bilateral, estando a obra a cargo da Mota-Engil.

Durante o período do Estado Novo em Portugal, foi casa de reclusão militar e a prisão tornou-se célebre por ter albergado vários nacionalistas angolanos condenados no “Processo dos 50”, cuja tentativa de libertação no dia 04 de fevereiro de 1961 marcou o início da luta armada pela libertação de Angola.

Segundo relatos históricos, já depois da independência, a fortaleza também terá servido para a detenção de angolanos acusados no contexto do 27 de maio de 1977. O edifício, sob tutela do Ministério da Cultura, foi classificado, em 1992, como património histórico-cultural nacional. Deverá depois acolher o Museu da Luta de Libertação.

Para o executivo português, a participação nacional na reabilitação da fortaleza e na construção do museu “é uma iniciativa sem paralelo, em que o antigo colonizador entrega ao antigo colonizado um projeto deste tipo, demonstrando o caráter muito especial da relação bilateral e um atestado de maturidade 50 anos depois do 25 de Abril de 1974”.

Antes de partir para a África do Sul, o primeiro-ministro visita a Escola Portuguesa de Luanda, onde também vai discursar.

A Escola Portuguesa de Luanda é considerada um dos maiores ativos da política externa portuguesa em Angola e um pilar na formação de cidadãos dos dois países.

Com cerca de dois mil alunos, a escola é administrada diretamente pelo Estado português, sendo classificada como de referência na comunidade de Luanda, com taxas de sucesso escolar elevadas.

 

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