Portugal
António Costa reafirma compromisso com a NATO e antecipa reforço da unidade na defesa da paz
O primeiro-ministro, António Costa, reafirmou hoje, dia 18 de maio, o compromisso de Portugal com a NATO e antecipou que a cimeira de julho, na Lituânia, será uma oportunidade para os aliados reforçarem a sua unidade na defesa da paz.
“Portugal é um país fundador da NATO e mantém-se fiel aos compromissos que assumiu e é nesse sentido que agradecemos esta visita na preparação da próxima cimeira de Vilnius [capital da Lituânia] onde seguramente iremos poder reforçar aquilo que é a unidade da nossa Aliança transatlântica na defesa dos valores da paz, da liberdade, da democracia”, defendeu António Costa.
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O primeiro-ministro falava aos jornalistas, na residência oficial de São Bento, em Lisboa, numa declaração conjunta com o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que não teve direito a perguntas, depois de terem estado reunidos durante cerca de uma hora.
A visita de Jens Stoltenberg a Portugal decorre hoje no âmbito da ronda que o dirigente norueguês está a realizar antes da cimeira da NATO em julho, centrada no apoio à Ucrânia.
António Costa definiu como prioridade, no contexto atual, o apoio à Ucrânia “para que a Rússia não ganhe esta guerra e se abra caminho para uma paz justa e duradoura que respeite o direito internacional, o direito à integridade territorial e o direito à independência por parte da Ucrânia”.
O primeiro-ministro português, que falava ao lado do secretário-geral da NATO, salientou que ao longo dos últimos anos os dois tiveram “a possibilidade de ter um relacionamento muito próximo e muito efetivo, trabalhando para o fortalecimento da NATO como uma aliança defensiva e numa visão de 360 graus para as diferentes ameaças que se colocam” à segurança dos aliados.
“Seguramente em 2015, quando começámos a trabalhar juntos, não imaginávamos que estaríamos hoje com uma guerra nas fronteiras da NATO, em que se verificou uma mudança radical do ponto de vista geopolítico”, apontou o primeiro-ministro.
António Costa lembrou que “ainda há pouco tempo alguns chefes de Estado julgavam que a NATO se podia vir a enfraquecer” e “alguns diagnosticaram mesmo precocemente a sua morte cerebral”, numa referência a declarações do presidente francês Emmanuel Macron, em 2019.
“Mas a verdade é que a primeira grande derrota do presidente [Vladimir] Putin foi mesmo a revitalização da NATO, o reforço da Aliança transatlântica nos países europeus, o Reino Unido, e os Estados Unidos da América. O fortalecimento da NATO, com o pedido da adesão de dois países tradicionalmente neutrais, como a Suécia e a Finlândia”, lembrou.
Para o primeiro-ministro, existe “um claro reforço” desta aliança defensiva “construída em torno dos valores da democracia, da liberdade” que Portugal irá continuar “a trabalhar para reforçar”.
Portugal estabeleceu o compromisso de atingir 2% do PIB em investimento na Defesa até ao final da década e antecipou para este ano o aumento para 1,66%, que estava inicialmente previsto para 2024.
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