Coimbra

António Costa quer ajudar a “acabar com uma década de estagnação” no ensino superior

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 09-11-2018
 

O Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP) recebeu hoje o apoio do primeiro-ministro para uma convenção que pretende “acabar com uma década de estagnação” e construir uma nova agenda para 2020-2030.

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António Fontainhas Fernandes, presidente do CRUP e reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e a antiga ministra e atual reitora do ISCTE, Maria de Lurdes Rodrigues, reuniram-se com António Costa, que, disse Fontaínhas Fernandes, apoiou o lançamento de uma grande convenção a partir de 07 de janeiro de 2019 para “construir uma agenda que renove e relance o ensino superior em Portugal na próxima década”.

Segundo o presidente da CRUP, “reforçar as políticas de ação social, inovar a oferta educativa e introduzir novos métodos de ensino e aprendizagem”, são as prioridades da convenção, que terá um total de três sessões.

“O primeiro debate tem como objetivo perceber como podemos aumentar o nível de qualificação em Portugal, ou seja, maior número de diplomados, maior número de estudantes a frequentar o ensino superior”, disse Fontainhas Fernandes, à saída da reunião.

“É evidente que as questões a nível do financiamento surgem, quer ao nível das questões da ação social, seja a questão dos alojamentos, seja a questão das bolsas, mas também outras que têm a ver com o financiamento do próprio sistema, portanto tudo decorre de um debate e uma análise, embora o tema central não seja o financiamento ele vai obrigatoriamente surgir ao longo dos debates”, acrescentou.

O presidente do CRUP disse que nos últimos tempos existiram duas grandes reformas: o processo Bolonha, que alterou a estrutura curricular e que permitiu mais mobilidade ao nível da União Europeia, e o regime jurídico das instituições do ensino superior, “mas desde essa data não se promoveram grande reformas e há uma noção de que está tudo bem no ensino superior”.

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Fontainhas Fernandes reforçou que “é importante debater o ensino superior nas suas vertentes, quer como vamos aumentar o número de diplomados em Portugal, ter mais estudantes na rede do ensino público, mas também as questões da articulação entre a investigação e o ensino superior e um terceiro tema que é a ligação à sociedade”.

“Não podemos, à luz dos desafios societários e de uma sociedade digital, continuar a ensinar como no tempo em que éramos estudantes. Há um longo caminho a traçar, que exige modernização e as questões da metodologia do ensino e da aprendizagem também são vitais”, vincou.

Para o presidente da CRUP, “é preciso criar uma visão global e depois definir uma calendarização, mas agora o que importa é traçar um caminho conjunto”.

“Todos aqueles que estão interessados em deixar uma geração mais bem informada devem-se empenhar em pensar, não em curto prazo, mas sim a um nível mais dilatado”, concluiu.

A “Convenção do Ensino Superior 20/30” vai ser promovida pelas 15 universidades que integram o CRUP e arranca a 07 de janeiro em Lisboa. A segunda sessão será organizada pelas universidades da região centro e terá lugar na Universidade de Aveiro, em março, sendo dedicada à articulação do ensino com a investigação.

A terceira sessão da convenção, em abril, será organizada pelas universidades do norte e decorrerá no Porto, tendo como tema “a valorização do conhecimento” e a aproximação “dos sistemas académicos e científicos ao tecido produtivo, à administração pública e aos agentes culturais”.

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