Cidade
António Campos diz que morreu um homem de princípios “como há poucos”
António Campos, um dos fundadores do PS, disse hoje à agência Lusa que, com o falecimento de António Arnaut, se perdeu “um homem de luta política e de princípios, como infelizmente há poucos”.
António Arnaut “fazia da política uma luta de causas”, sublinhou o amigo e “parceiro de muitas batalhas políticas” do advogado e escritor que foi impulsionador do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
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“Perdemos um democrata da cabeça aos pés”, lamentou António Campos, que conheceu António Arnaut quando este ainda era estudante na Faculdade de Direito em Coimbra, no início dos anos 60, durante uma comemoração da revolta de 31 do janeiro de 1891.
“Depois foram as reuniões clandestinas, aqui em minha casa [em Oliveira do Hospital] e na casa dele [em Coimbra]”, para a fundação do Partido Socialista, para as eleições de 1969 pela oposição democrática, recordou António Campos, referindo diversos outros combates de António Arnaut, destacando, depois do 25 de Abril, “a criação, com Mário Mendes, do SNS.
António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra.
Presidente honorário do PS desde 2016, António Arnaut foi ministro dos Assuntos Sociais no II Governo Constitucional, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano e foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Poeta e escritor, António Arnaut envolveu-se desde jovem na oposição ao Estado Novo e participou na comissão distrital de Coimbra da candidatura presidencial de Humberto Delgado.
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