No contexto da exposição “A Fábrica das Sombras”, de Janet Cardiff & George Bures Miller, que o Anozero – Bienal de Coimbra apresenta até 5 de julho no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, propõe-se, todas as semanas, um programa de formação em arte contemporânea que combina conteúdos teóricos com experiências de criação.
Com sessões orientadas por artistas e investigadores/as convidados/as, este ciclo de Workshops & Experiências Criativas aborda temas transversais a práticas artísticas desenvolvidas com e para comunidades e públicos, explorando abordagens multidisciplinares que cruzam diferentes linguagens e territórios.
Os Workshops & Experiências Criativas realizam–se aos sábados, entre abril e junho, no exterior do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, entre as 14h30 e as 17h30, com um custo de participação de cinco euros por sessão e número limitado de participantes. A inscrição é obrigatória, através do formulário disponível em: https://forms.gle/kbTZXT6b93fujACi8.
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Janet Cardiff & George Bures Miller convocam elementos do cinema, do teatro, da instalação e da música ao vivo, propondo experiências imersivas e sensoriais que ultrapassam as fronteiras tradicionais da fruição artística.
O programa constrói-se a partir de uma reflexão sobre a obra de Janet Cardiff & George Bures Miller e na senda das tendências contemporâneas que colocam o coletivo, o trabalho com comunidades e a participação do público no centro da criação artística.
A programação inicia-se a 12 de abril com o workshop «Poesias sonoras», orientado por Tiago Schwäbl, criador e mediador cultural, que propõe uma oficina de escuta e prática vocal com base na poesia sonora e nas suas múltiplas possibilidades expressivas.
A 26 de abril, Sónia Salcedo del Castillo conduz «Percursos como construção em arte», oficina dedicada à experimentação de estruturas artísticas contemporâneas, com enfoque em práticas espaciais, instalativas e performativas.
No dia 10 de maio, o workshop «Artistas, coletivos e territórios», dinamizado por Marco Paiva, do coletivo Terra Amarela, convida os participantes a refletir na criação artística inclusiva e sobre os modos de escuta, diálogo e intervenção no espaço comum. Segue-se, a 24 de maio, a oficina «Corpo, território e cartografias», com Dori Nigro, performer e educador em arte, que propõe um trabalho teórico-prático a partir de performatividades afrodiaspóricas e da relação do corpo com a paisagem e a memória.
No dia 7 de junho, Ângela Berlinde orienta o workshop «Sussurros da imagem», em que se exploram as relações entre imagem e som, através da prática do fotolivro e de experiências sensoriais que expandem o olhar e a escuta. A 21 de junho, Adriana Campos conduz a sessão «Práticas sociais e comunitárias em arte», centrado na mediação artística com públicos diversos, com exercícios de escrita e movimento que visam pensar na arte como um espaço de escuta e transformação.
Por fim, a 28 de junho, Noeli Kikuchi, bailarina e coreógrafa, apresenta «Fronteiras permeáveis: corpo-objeto-lugar», oficina que propõe a experimentação de estímulos entre corpo, espaço e objeto, a partir de práticas coreográficas e sensoriais que dissolvem fronteiras e expandem a poética do corpo em coletivo.
Este ciclo constitui um convite à partilha, à experimentação e à reflexão crítica sobre os modos de fazer e viver arte em comunidade, promovendo encontros entre criadores/as e participantes num espaço aberto à descoberta, à criação e à escuta.
O Anozero – Bienal de Coimbra é organizado desde 2015 pelos Círculo de Artes Plásticas, Câmara Municipal e Universidade de Coimbra.
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