Política

Ana Caldeira demitida do conselho de jurisdição do Chega

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 1 semana atrás em 04-04-2025

Imagem: DR

A vice-presidente do Conselho de Jurisdição e assessora jurídica do grupo parlamentar do Chega, Ana Caldeira, abandonou todas as suas funções no partido, após a divulgação de informações que a implicam em um caso de burla e falsificação de documentos.

A exoneração e a demissão ocorreram depois de a SIC ter noticiado que Ana Caldeira terá tentado enganar um ex-sócio, falsificando a assinatura de uma mulher já falecida.

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Apesar de afirmar desconhecer os detalhes do caso, o presidente do Chega, André Ventura, garantiu que “haveria consequências” para a situação.

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De acordo com o despacho de acusação, a que a SIC teve acesso, Ana Caldeira, advogada de profissão, pediu a um ex-sócio um empréstimo de 6 mil euros, alegando que tinha uma cliente com urgência em obter o dinheiro. Para convencê-lo a emprestar-lhe a quantia, prometeu-lhe que receberia 10 mil euros em seis meses.

O acordo entre ambos foi formalizado por meio de um contrato de confissão de dívida e um Termo de Autenticação, ambos registados no site da Ordem dos Advogados.

No entanto, os documentos estavam supostamente assinados por Maria Amélia Martins, a alegada cliente de Ana Caldeira, que necessitava do dinheiro. O problema é que Maria Amélia Martins faleceu em março de 2015.

O Ministério Público avançou com a acusação de que Ana Caldeira falsificou a assinatura de Maria Amélia Martins “com o objetivo de apropriar-se da quantia de 6 mil euros”.

Embora Ana Caldeira tenha devolvido os 6 mil euros ao ex-sócio, os juros prometidos não foram pagos. A advogada está agora a ser julgada pelos crimes de burla qualificada e falsificação de documentos.

A SIC tentou contactar a defesa de Ana Caldeira, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.

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