Coimbra
Ana Abrunhosa diz que casas que arderam vão estar prontas em meados de 2019
A presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) considerou hoje que será um “caso de sucesso” se em meados de 2019 as casas de primeira habitação destruídas pelos incêndios de outubro de 2017 estiverem concluídas.
“Vai haver casas prontas no Natal, garantidamente, mas não é para todos, nem o final do ano. Eu diria, de forma realista, que se em meados de 2019 nós tivermos todas as situações concluídas, podemos dizer que foi um caso de sucesso”, adiantou Ana Abrunhosa.
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Em declarações aos jornalistas, após a entrega de mais uma chave de primeira habitação pronta no município de Vouzela, a responsável explicou que “agora os empreiteiros começam a sentir a escassez de alguma mão-de-obra e que, por isso, não conseguem fazer muitas casas ao mesmo tempo”.
“Mas garanto que muitas famílias vão passar o Natal na sua casa reconstruída e, da nossa parte, faremos todo o esforço para que esse número seja o maior possível, até porque há muitas coisas que não podemos devolver às famílias, mas aquilo que pudermos fazer, sendo uma data tão especial e tão sensível para as famílias, vamos fazer esse esforço”, garantiu.
Ana Abrunhosa anunciou ainda que na quinta-feira “o Tribunal de Contas concedeu o visto para a reabilitação das casas de Oliveira do Hospital e Oliveira de Frades”, sendo que o concelho de Oliveira do Hospital, no distrito de Coimbra, “é uma empreitada muito importante, pelo número de habitações”, uma vez que são 123, sendo 50 da responsabilidade da CCDRC e as restantes 73 acompanhadas pela autarquia.
“Todas as empreitadas estão adjudicadas e para a maioria já temos o visto do Tribunal de Contas, ou seja, o simbolismo do visto é que o processo é validado juridicamente e a partir daí podemos começar a fazer pagamentos aos empreiteiros”, precisou.
De um universo de cerca de 850 casas destruídas, total ou parcialmente, pelos incêndios de outubro de 2017, Ana Abrunhosa explicou que “metade está sob a alçada da CCDR e a outra metade é da responsabilidade das famílias, ou seja, acompanhadas pelas autarquias”.
“Já estão pagos cerca de 7,5 milhões de euros às famílias que quiseram assumir as suas pequenas obras, de dois ou três mil euros ou porque tinham seguro, ou seja, cerca de 80% das 850 habitações do programa de apoio estão em execução, o que quer dizer que temos cerca de 150 habitações concluídas e as restantes estão em fase final de projeto de especialidade ou mesmo em obra”, especificou.
Segundo Ana Abrunhosa, a fase que vai agora começar é de “grande início de obra”, ou seja, “vão ser muito mais visíveis os trabalhos de limpeza e de reconstrução”, uma vez que até chegar a esta fase “há meses de trabalho, quer de “projeto de obra, entendimento entre as famílias e o tempo para o visto do Tribunal de Contas”.
No caso concreto de Vouzela, “já foram recuperadas algumas habitações, umas danificadas parcialmente e duas de reconstrução total” e, do total de 7,5 milhões, “1,5 milhões de euros já foram entregues a este município” da região de Lafões.
“Vouzela é dos municípios mais avançados, em termos de reconstrução, pelo grande dinamismo da autarquia e das juntas” de freguesia, enalteceu Ana Abrunhosa, dando como exemplo a casa hoje entregue à sua proprietária e na qual a “Câmara assumiu, desde o início, o apoio à família”.
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