A gigante do comércio eletrónico Amazon fez uma proposta de última hora para adquirir o TikTok, a popular plataforma de vídeos curtos, num movimento estratégico que surge poucos dias antes do prazo estabelecido pelos Estados Unidos.
A administração americana havia dado até 5 de abril de 2025 para que o TikTok encontrasse um comprador, sob ameaça de um bloqueio definitivo.
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Segundo The New York Times, a Amazon formalizou a oferta por meio de uma comunicação oficial dirigida a importantes figuras do governo dos EUA. Embora a proposta tenha chegado tardiamente ao processo de aquisição, ela coloca a Amazon como mais um concorrente na disputa por um dos aplicativos mais valiosos do mundo digital.
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Apesar da força que a proposta da Amazon possa representar, a sua entrada tardia na corrida gera algumas dúvidas quanto à viabilidade da transação. Para além da gigante do comércio eletrónico, outras empresas estão a tentar negociar a aquisição do TikTok ou a influenciar a sua reestruturação. A Blackstone, uma das maiores empresas de capital privado, está a explorar a possibilidade de um investimento conjunto com investidores ocidentais da ByteDance, a empresa-mãe do TikTok. Paralelamente, a Oracle, com o apoio de Andreessen Horowitz e outros investidores americanos, está a preparar uma proposta alternativa.
A situação é ainda mais complicada devido ao plano delineado pela Casa Branca para forçar o desmembramento do TikTok, que visa a criação de uma nova entidade autónoma, na tentativa de reduzir a influência da China sobre a plataforma. Este movimento é um reflexo da crescente pressão dos Estados Unidos para resolver questões de segurança nacional, especialmente relacionadas com a gestão de dados de utilizadores americanos.
No entanto, a ByteDance, que atualmente controla o TikTok, mantém uma posição firme de que não pretende vender a plataforma. A empresa tem resistido às pressões externas, mencionando a oposição do governo chinês como um dos principais obstáculos. O presidente chinês, Xi Jinping, já demonstrou desagrado com qualquer tentativa de desinvestimento forçado, o que poderia resultar num bloqueio total do TikTok nos Estados Unidos, como uma medida de retaliação.
Em meio a este turbilhão, a Amazon vê o potencial do TikTok não só como uma aquisição estratégica, mas também como uma oportunidade de expandir as suas operações, explorando sinergias comerciais com a plataforma. A Amazon já mantém uma relação estreita com o TikTok, beneficiando de vendas geradas por influenciadores da plataforma, o que reforça os seus interesses comerciais nesta negociação.
O futuro da aquisição do TikTok continua incerto, com múltiplos actores políticos e comerciais envolvidos. O desenrolar deste processo será decisivo não só para o futuro da plataforma, mas também para a relação entre os Estados Unidos e a China no que diz respeito às grandes empresas de tecnologia.
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