Educação

Alunos de inteligência artificial reúnem em Coimbra com mercado de trabalho no horizonte

Notícias de Coimbra com Lusa | 6 horas atrás em 24-01-2025

Alunos universitários de Ciência de Dados, disciplina em que a inteligência artificial (IA) tem um papel preponderante, reúnem-se em Coimbra, em fevereiro, num encontro nacional com representantes da indústria, que visa promover saídas profissionais, disse fonte da organização.

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A segunda edição do UptoData terá a duração de quatro dias (de 20 a 23 de fevereiro) e é promovido pelo Núcleo de Estudantes de Informática da Associação Académica de Coimbra (NEI/AAC) com o objetivo principal de preparar os participantes para o mercado de trabalho.

A primeira edição do UptoData, realizada em março de 2024, reuniu 70 alunos da Universidade e Instituto Politécnico de Coimbra, Universidade Nova de Lisboa e Instituto Superior Técnico.

“Há muitos alunos que vão para a Ciência de Dados como complemento à sua formação em Engenharia Informática ou Engenharia Biomédica”, disse à Lusa Rita Oliveira, aluna do segundo ano do mestrado de Engenharia e Ciência de Dados da Universidade de Coimbra e da comissão organizadora do UptoData 2025.

Embora admitindo que os cursos universitários atuais ainda se estão a adaptar às ferramentas baseadas em inteligência artificial – os chamados LLM, a sigla em inglês que significa ‘Large Language Model’ (modelos que visam replicar a linguagem humana) e que define programas como o ChatGPT, da OpenAI ou o CoPilot, da Microsoft, entre outros – Rita Oliveira afirmou que os cientistas de dados são como que os treinadores desses sistemas.

“Os cientistas de dados são quem faz evoluir a inteligência artificial, serão sempre necessários para conseguirmos ter essas ferramentas ao nosso dispor”, argumentou a estudante.

Para um estudante dessa área, e não só, nos dias de hoje a IA pode ajudar bastante quer o estudo, quer a investigação: “Não perdemos tanto tempo na pesquisa, e também pode auxiliar em como fazer a pesquisa. Mas também temos de ter atenção que os LLM ainda não estão a um nível elevado, têm falhas e, às vezes, citam artigos que não existem, o que para quem está a fazer um artigo científico é um problema”, exemplificou.

“É uma grande ajuda, mas será sempre preciso verificar essa ajuda”, vincou Rita Oliveira.

Na Universidade de Coimbra, a licenciatura e o mestrado em Engenharia e Ciência de Dados (criados em 2020) irão, no próximo ano letivo, ter uma atualização curricular e mudar de designação – para Inteligência Artificial e Ciência de Dados – correspondendo aos avanços tecnológicos nestas áreas e assumindo um nome mais reconhecido pelo mercado.

De acordo com o coordenador do mestrado – que abre 40 vagas no primeiro ano de acesso e tem atualmente 80 alunos, a maioria portugueses, mas também vários alunos brasileiros e de outros países como Espanha ou o Irão -, um estudante que opte por aquela formação não irá lidar com a IA na ótica do utilizador, antes irá aprender o “estado da arte” da tecnologia.

“É um curso muito vertical, muito centrado na construção da infraestrutura. Ficam habilitados a intervir na análise de dados e conceção de novas soluções para empresas de múltiplas áreas como a saúde, telecomunicações, finanças ou comércio digital, não como utilizadores de IA, mas como produtores de infraestruturas baseadas em inteligência artificial”, frisou Paulo de Carvalho.

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