Educação

Alunos de enfermagem lesados por greve de professores manifestam-se em Coimbra

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 meses atrás em 25-06-2024

Estudantes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) manifestaram-se hoje, junto ao Polo B da instituição, alertando para os prejuízos que uma greve de professores às avaliações lhes está a causar.

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“A greve faz-se sentir entre a comunidade do segundo ano, com 31 provas não realizadas” e várias centenas de estudantes “impedidos de realizar avaliação por frequência”, explicou a Associação de Estudantes da ESEnfC.

A vice-presidente da associação, Francisca Lopes, disse à agência Lusa que os alunos lesados “precisam de terminar o curso no final de julho” e estão impedidos de o fazer devido à greve, convocada pelo Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), filiado na Fenprof.

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“Acaba por ser uma desvalorização da nossa profissão e da nossa entrada no mercado de trabalho”, em comparação com os finalistas das restantes escolas congéneres, adiantou.

Alguns estudantes já foram “afetados mais do que uma vez”. Hoje, “aumentou imenso o número de professores que não apareceu”, afirmou Francisca Lopes.

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“Esta é uma manifestação para reivindicar os nossos direitos”, acentuou, para esclarecer que a ESEnfC “é única escola afetada” pela greve às avaliações dos docentes, iniciada no dia 04 de junho.

Com o prolongamento da greve até julho, com o fim ainda sem data marcada pelo sindicato, “instala-se entre os estudantes um cenário de incerteza e insegurança”.

“Até ao momento, não foi apresentada aos estudantes nenhuma declaração oficial ou proposta de solução para minimizar as atuais consequências desta greve”, informou a Associação de Estudantes.

Num comunicado enviado à agência Lusa, sublinhou que a contestação “não é contra a causa dos excelentíssimos docentes”, que consideram “digna e plausível”.

Também o presidente do conselho diretivo da ESEnfC, Fernando Amaral, disse à Lusa que “a greve é justa” e que os professores “têm razão”, ao exigirem a progressão na carreira.

No entanto, “não temos possibilidade de resolver o problema sozinhos”, ressalvou, para informar que espera, ainda esta semana, a emissão de um despacho com que o ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, deverá ultrapassar o problema.

“Este não é um problema da nossa escola, é um problema global do ensino superior”, frisou Fernando Amaral.

A manifestação decorreu junto ao Polo B da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, nos Covões, na margem esquerda do rio Mondego.

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