Universidade
Alunos de arquitetura de Coimbra exigem obras estruturais no departamento
Alunos do Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra (Darq) criaram um movimento para denunciar a “visível degradação” do edifício e exigir obras estruturais, há muito reivindicadas.
O movimento, intitulado MuD’ARQ, organizado pelo Núcleo de Estudantes de Arquitetura, tem afixado pela cidade cartazes com fotografias que exemplificam as más condições do edifício e irá fazer uma manifestação em Coimbra, a 20 de abril, com o mote “Arquitetos ainda sem teto”.
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Um bocado de teto que caiu à frente de uma sala de projeto, um buraco “gigante” numa das casas de banho, fitas que impedem a passagem em determinados sítios face aos riscos das estruturas, infiltrações no edifício e salas fechadas por não terem condições são alguns dos problemas apontados pelos alunos, afirmou à agência Lusa a coordenadora do pelouro de cidadania do núcleo de estudantes, Maria Lourenço.
“Temos muito poucas salas que são usadas, porque muitas delas não têm condições para serem utilizadas”, salientou a aluna de 2.º ano de arquitetura, referindo que algumas aulas e exames acabam por ter de decorrer noutros departamentos situados no Polo I da Universidade de Coimbra, na Alta.
Segundo Maria Lourenço, o movimento pretende chamar a atenção à Universidade de Coimbra e à Câmara para os problemas com que se deparam, todos os dias, os estudantes daquele departamento.
Nesse sentido, a manifestação de dia 20 de abril irá arrancar às 14:00, no Largo D. Dinis e irá até à Praça 8 de Maio, onde fica a Câmara Municipal de Coimbra.
“A direção do próprio Darq está connosco, porque também quer o departamento requalificado e os professores têm-nos incentivado neste movimento, porque é uma causa que vale a pena”, frisou.
Para Maria Lourenço, a situação “torna-se ainda mais gritante por ser um departamento de arquitetura”, considerando que o edifício precisa de uma intervenção “estrutural”.
Segundo a aluna, a luta por uma requalificação do edifício, que já foi anteriormente ocupado pelo hospital da cidade, é antiga.
Para além de protestos por alunos no passado, em 2019 foi o na altura diretor do Darq, José António Bandeirinha, a exigir uma reabilitação profunda do departamento que ali se instalou há mais de 30 anos.
“É preciso uma intervenção geral, até porque está num estado muito próximo de poder proporcionar a ruína, como aconteceu aquando da tempestade Leslie, que destruiu uma grande parte da cobertura do edifício”, disse, na altura, o diretor do Darq.
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