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Altice diz que se clientes optam por planos com fidelização “é porque veem que têm maiores vantagens”

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 23-02-2023

A presidente executiva da Altice Portugal afirmou hoje que se os clientes optam por planos com fidelização “é porque veem que têm maiores vantagens” e sublinhou que “nos últimos 10 anos 60%” dos consumidores movimentou-se entre operadores.

Ana Figueiredo falava aos jornalistas à margem da apresentação da visão da empresa para os próximos anos e a nova linha de comunicação da marca, que decorreu hoje no Altice Arena.

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Questionada sobre a proposta do presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), que pediu ao Governo e aos deputados que reduzam o período de fidelização dos contratos de telecomunicações de 24 para seis meses, para que o mercado “funcione concorrencialmente”, a gestora referiu que os consumidores têm opção de subscrever planos sem fidelização.

“Primeiro eu gostaria de clarificar que qualquer consumidor em Portugal tem opção de subscrever um plano de telecomunicações com a Meo sem qualquer período de fidelização”, sublinhou Ana Figueiredo.

Agora, “se os consumidores, se os clientes optam por contratos com fidelização ou planos com fidelização é porque veem que têm, digamos, maiores vantagens nessa oferta”, prosseguiu a presidente executiva da dona Meo.

“Verificamos que no setor as fidelizações têm sido relevantes para o investimento, para a expansão da fibra ótica que tivémos, para que os portugueses usufruam das melhores infraestruturas de telecomunicações a nível europeu”, argumentou a líder da Altice Portugal desde abril de 2022.

Além disso, “queria mencionar que nos últimos 10 anos 60% do total de portabilidades – desde que existe a possibilidade de oferta de portabilidade – 60% dos consumidores já se movimentaram entre operadores”, acrescentou, citando ainda dados do Eurostat que apontam que “Portugal é o terceiro país da Europa onde os clientes mais se movimentam” entre operadores.

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“Eu acho que com estes dados (…) refuta aquilo que são algumas mensagens que estavam a ser transmitidas nas últimas semanas”, salientou.

Em 15 de fevereiro, o presidente da Anacom, João Cadete de Matos, apelou aos deputados para que corrijam a Lei das Comunicações Eletrónicas (LCE) “com urgência” no que respeita a questão das fidelizações, acusando de ser “um embuste aquilo que é dito aos portugueses” sobre as vantagens do mesmo.

“Adicionalmente, eu gostaria de mencionar o nosso caso particular: a Meo em 12 anos começou com zero clientes e em 2020 terminou líder de mercado ou ainda é hoje líder de mercado”, acrescentou Ana Figueiredo.

Ou seja, “isto quer dizer que existem opções e os clientes procuram a melhor opção em termos de qualidade, em termos de preço e o operador que oferece melhores condições de cobertura ou de serviço”, justificou.

Questionada se isso quer dizer que se o período de fidelização for reduzido de 24 para seis meses a Altice Portugal está confortável com isso, Ana Figueiredo foi perentória: “Existe a possibilidade dos clientes subscreverem planos sem fidelização”.

Sobre o facto das opções sem fidelização serem mais caras, a gestora argumentou com o investimento que é realizado e a instalação.

“Porque nós temos um investimento associado a tudo o que é a instalação e [no] chegar, digamos, a tecnologia até a casa do cliente”, o que inclui os equipamentos instalados em casa do cliente.

“Para termos o retorno para essa instalação, para esse cliente, necessitamos de um período mínimo que o cliente fique connosco”, apontou Ana Figueiredo.

Adicionalmente, “em termos de números, (…) houve mais de cinco milhões de números portados e clientes que se movimentaram e serviços que se movimentaram entre operador, isso demonstra que o facto de haver fidelizações os clientes procuram a melhor oferta do mercado”, referiu.

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