Cidade
Alterações climáticas, migrações e ISIS entre os temas das exposições do concurso Estação Imagem em Coimbra
O Prémio Estação Imagem 2020 Coimbra, que chegou a estar adiado sem data devido à covid-19, começa no domingo, com a inauguração de oito exposições, em diversos pontos da cidade, ficando a maioria patentes até 26 de setembro.
O evento, que decorre pela terceira vez na cidade de Coimbra, prevê ainda a atribuição de prémios de fotojornalismo e aulas abertas através de meios digitais.
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Na edição deste ano, o Prémio Estação Imagem conta com uma “exposição inédita e de dimensão mundial”, na Sala da Cidade, sobre os efeitos das alterações climáticas, através de uma iniciativa que reúne trabalhos de fotojornalistas de cinco agências internacionais: Agence France-Presse, The Associated Press, European Pressphoto Agency, Getty Images e Reuters.
“É um problema mundial, importantíssimo e conseguimos que as cinco grandes agências internacionais de fotografia nos apoiassem neste projeto”, afirmou à agência Lusa o diretor do Prémio Estação Imagem, Luís Vasconcelos, referindo que a seleção foi feita pela organização do evento.
Os protestos em Hong Kong, através da lente de Felipe Dana, da Associated Press, uma reportagem para o The New York Times sobre o fim do Estado Islâmico de Ivor Prickett, o trabalho de Guillermo Arias sobre as migrações da América Central para os Estados Unidos ou a reportagem de Patrick Chauvel, presidente do júri, sobre as rusgas nas favelas do Rio de Janeiro, são outras das propostas do certame.
O olhar de Sarah Blesener sobre a militarização de jovens nos Estados Unidos e na Rússia, e o trabalho “Na Terra”, de Ana Brígida, vencedora da Bolsa Estação Imagem 2019, são outras das exposições que vão ser inauguradas no domingo.
O evento conta ainda com a exposição “Guardiões da Vida Selvagem”, de Brent Stirton, “o grande fotógrafo da vida selvagem no mundo”, que chama a atenção para o comércio de animais selvagens, referiu Luís Vasconcelos.
A entrega dos galardões do Prémio Estação Imagem 2020 Coimbra vai decorrer no dia 18, às 15:00, no Grande Auditório do Convento São Francisco, avançou o responsável pela organização.
Luís Vasconcelos acredita que os prémios deste ano já terão presentes trabalhos associados à covid-19, referindo que “é praticamente impossível” para a próxima edição do festival “não haver uma exposição sobre a pandemia”.
Face à covid-19, os jurados reúnem-se de forma remota, sendo que, para a entrega dos prémios, estará presente o presidente do júri, Patrick Chauvel.
Segundo Luís Vasconcelos, o festival, que é coorganizado pelo município, vai continuar por Coimbra, caso o apoio que tem tido da autarquia se mantenha, destacando a “excelente colaboração” com a Câmara Municipal.
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