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Alegria de mulher morta na Figueira da Foz esconde violência doméstica
Imagem: Facebook
Uma mulher, de 40 anos, foi morta à facada, esta madrugada, 17 de janeiro, em Paião, Figueira da Foz, num contexto de violência doméstica.
O Notícias de Coimbra (NDC) falou com um vizinho que confirma que “as discussões constantes”. A última que ouviu, a vítima dizia “que trabalhava para sustentar a casa, a filha e ainda tinha que sustentar um homem que tinha bom corpo para trabalhar e que não queria trabalhar”.
Contudo, esta madrugada o morador que adormece tarde não ouviu barulho, apenas o latido do cão, que era diferente. Só teve conhecimento da situação quando, pelas 7:30, foi levar a filha ao autocarro.
O NDC conversou com a responsável pela Residencial 4 Sóis, instituição para a qual trabalhava a vítima mortal, sobre se tinha conhecimento de episódios de violência doméstica. A mulher afirma que Cátia Azevedo “não aparentava tristeza” e “se se passava algo em casa não sabíamos”.
“Era uma excelente profissional, colega de trabalho, alegre e extrovertida”. No entanto “pouco ou nada sabíamos da sua vida privada”, aponta.
Era colaboradora efetiva do lar 4 Sóis e “ia subir de categoria este mês, era uma excelente funcionária”, conta.
“Era assídua, raramente se atrasava”. A mulher estranhou a ausência da funcionária e contactou-a para saber o que se passava. “Liguei para ela e quem atendeu foi o ex-marido a dizer que ela não iria trabalhar porque estava morta”, refere.
“Desliguei, nem queria acreditar”, entretanto, “liguei para outra colega que me confirmou”, acrescentando que o que soube a partir daí foi através das notícias.
Recorde-se que o crime ocorreu no quarto e segundo Mário Santos, que foi buscar a roupa, havia “uma poça de sangue na cama e no chão”.
Mário Santos conta que “pelas 7:30 o pai da criança a foi buscar, mas os psicólogos do INEM também estiveram com a menina”. A menor foi encaminhada para o Pediátrico de Coimbra.
“Um horror de sangue”, relata o vizinho que só se apercebeu do crime devido ao aparato pelas 5:00.
A vítima era natural de uma aldeia do concelho da Figueira da Foz.
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