Portugal

“Aldeia Segura, Pessoas Seguras”? Proteção Civil admite que não cresceu à velocidade desejada!

Notícias de Coimbra | 1 dia atrás em 30-06-2024

O comandante nacional de emergência e proteção civil admitiu que o programa “Aldeia Segura”, que visa garantir maior proteção em caso de incêndio, não tem crescido à velocidade desejada, mas considerou que o mais importante é melhorar o que existe.

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“Elas [Aldeia segura] têm vindo a aumentar. De facto, não tem sido à velocidade que desejávamos, mas mais do que aumentar o número o que tem vindo a ser feito é acimentar os números que temos, ou seja, nós temos desenvolvido um programa muito importante junto dos municípios que adotaram e também apoiam este programa na manutenção, quer seja com exercícios e simulacros, com a revisão dos planos e com um trabalho muito importante junto da população”, disse André Fernandes, em entrevista à agência Lusa.

Criado em 2018, o programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras” pretende criar estratégias de proteção dos aglomerados populacionais em caso de incêndios rurais e incentivar a participação das populações.

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Este programa é implementado no terreno pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), câmaras e juntas de freguesia.

Dados da ANEPC indicam que 2.242 povoações aderiram em seis anos ao programa “Aldeia Segura”, mas menos de metade (918) tem planos de evacuação para fogos.

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Dos 2.242 aglomerados com este programa, 1.412 têm locais de refúgio para as populações se protegerem dos fogos rurais e 2.122 têm oficiais de segurança, que têm como missão na aldeia transmitir avisos à população, organizar a evacuação do aglomerado em caso de necessidade e fazer ações de sensibilização junto da população.

No relatório de 2023 entregue na semana passada na Assembleia da República, a Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF) considerou que é necessário recuperar “o ritmo de concretização” do programa Aldeia Segura, lamentando que se encontre “substancialmente abaixo da ambição” inicial.

Para André Fernandes, o importante é manter o atual número de aglomerados e melhorar.

“Uma das áreas que temos vindo a desenvolver tem sido o apoio à população, nomeadamente com a emissão e a publicação das zonas de apoio à população que só são possíveis com o ajuda dos municípios e da segurança social (…). Este programa de treino, e nós temos feito imensos exercícios no apoio à população, porque quando nós falamos, por exemplo, em retirar as pessoas das suas habitações numa área que está exposta ao perigo, não é só retirar, depois também é importante dar o apoio que as populações precisam”, explicou.

O comandante nacional frisou que a ANEPC tem tornado “mais operacional e mais ágeis os procedimentos” deste programa para garantir que este apoio à população é dado em caso de necessidade.

Questionado sobre o número reduzido de aglomerados com planos de evacuação, afirmou que “importa obviamente trabalhar esta dicotomia”.

“Este programa tem aqui também um grande apoio dos municípios e também uma vontade própria das populações e, portanto, nós temos feito esse trabalho (…) com o apoio dos municípios, que é o veículo mais importante nesta parte organizativa do próprio plano, que importa vir a reforçar e que temos vindo a fazer isso e também já subimos o número de aglomerados que não tinham plano de segurança e que passaram a ter”, precisou.

Segundo os dados do programa “Aldeia Segura, Pessoas Seguras”, o distrito com o maior número de aldeias com este programa de proteção incêndios rurais é a Guarda, seguido Bragança, Viseu e Santarém.

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