Aldeia das Dez, no concelho de Oliveira de Hospital, retoma neste fim-de-semana a Festa da Castanha, um ano após ter cancelado a última edição devido aos incêndios de 15 e 16 de outubro.
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A organização prevê um aumento da presença de expositores relativamente a edições anteriores, cujo programa inclui animação cultural, atividades desportivas, mostra de artesanato, gastronomia, bem como a comercialização de castanhas e outros produtos locais de qualidade da Serra do Açor.
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Presidida por Carlos Castanheira, a Junta de Aldeia das Dez, que promove a iniciativa com o apoio da Câmara de Oliveira do Hospital, realça que a sua realização representa “um sinal de renascimento de toda a freguesia”, no distrito de Coimbra, flagelada pelos fogos de 2017.
A sede da freguesia de Aldeia das Dez integra a rede turística Aldeias do Xisto.
“O evento, que no ano passado foi cancelado, tem a particularidade de se realizar num santuário de montanha bastante devastado pelos incêndios”, segundo o gabinete do presidente da Câmara Municipal.
A autarquia liderada por José Carlos Alexandrino vai distribuir mil castanheiros durante a 16ª. Festa da Castanha, com o objetivo de cada visitante “ajudar a reflorestar o concelho com uma espécie autóctone”.
Um dos momentos mais participados do programa é a recriação etnográfica de um magusto tradicional, na tarde de domingo, dia em que a feira decorre junto ao Santuário da Senhora das Preces, coincidindo com a prova desportiva III Trail Colcurinho.
Segundo a lenda local, a Senhora das Preces apareceu em 1371 num penhasco, em Vale de Maceira, o que se tornou motivo de culto popular ao longo dos séculos.
Com coordenação científica da bióloga Helena Freitas, professora da Universidade de Coimbra, um projeto de reabilitação do Jardim Botânico e do Bosque da Paixão, na zona do santuário, devastada pelas chamas em 2017, foi distinguido este ano pela Fundação Calouste Gulbenkian com o Prémio Vilalva, no valor de 50 mil euros.
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