A air fryer, também conhecida por fritadeira de ar quente, funciona como um pequeno forno, permitindo confecionar vários pratos, e não apenas fritos. Saiba se os cozinhados destes aparelhos são mais saudáveis do que os das fritadeiras tradicionais.
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Em 2023, a DECO PROteste testou 44 aparelhos e concluiu que os modelos testados apresentavam boa qualidade de construção, não tinham problemas de segurança, e eram versáteis e relativamente fáceis de utilizar. Nalguns casos, as instruções deixavam a desejar. A maioria dos aparelhos classificados com duas estrelas apenas disponibilizavam as instruções na aplicação.
Saiba em que situações vale a pena comprar uma air fryer e veja se oferecem refeições mais rápidas e saudáveis.
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Se pretende uma fritadeira a ar quente sobretudo para confecionar batatas fritas, dificilmente ficará satisfeito com a compra. As air fryers são mais demoradas na preparação do que as fritadeiras tradicionais e, no geral, a batata sai menos crocante. Se é mais saudável utilizá-las? Sim, por utilizar menos gordura. Mas isso não significa livre-trânsito para o consumo, até porque fritar “sem” óleo não impede a formação de acrilamida. Esta é uma substância potencialmente cancerígena, que surge em alimentos ricos em açúcares e em asparagina (aminoácido), como a batata, quando submetidos a elevadas temperaturas, ao fritar ou assar.
Ainda não é claro se os equipamentos a ar quente conduzem a menor produção da dita substância do que os banhos de óleo. Alguns estudos apontam para quantidades ligeiramente inferiores, outros, para teores idênticos, mas o potencial de formação está sempre presente. Por isso, a prudência recomenda moderação no consumo, seja qual for a forma de preparar.
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Caso pense em usar a fritadeira para uma gama mais ampla de pratos, a air fryer pode ter interesse. Além do mais porque é mais fácil de usar e limpar do que uma fritadeira tradicional, e consome menos energia. Necessitarem de pouco óleo – basta untar os alimentos – é outra vantagem das air fryers, não só pela poupança no supermercado, como também por não ser preciso pensar no destino a dar-lhe no fim de vida.
Face aos fornos convencionais, as fritadeiras a ar quente aquecem e cozinham de forma mais rápida, dado o menor volume de ar a aquecer, pelo que também consomem menos energia. Isto, se conseguirem acomodar uma dose suficiente para alimentar a família. De outro modo, o processo deixa de compensar, tanto ao nível prático, como económico.
As fritadeiras a ar quente são bastante versáteis e fáceis de manusear. A maioria inclui diversos programas automáticos para carne, peixe, batata fresca e congelada, pizza e sobremesas, entre outros. E como se comportam os aparelhos nas funções que lhes são confiadas? No geral, os pratos saíram melhor no teste de 2023 do que em anteriores, reflexo do aperfeiçoamento dos aparelhos.
Ainda assim, houve apreciações negativas do painel de avaliadores, em grande medida, devido ao aspeto pouco apetitoso e à falta de crocância das batatas fritas. Estas foram, aliás, o calcanhar de Aquiles dos equipamentos testados, sobretudo quando se enchiam até ao limite máximo. A maioria dos fabricantes indicava o peso máximo de alimentos a confecionar, e quase todos marcavam o limite no aparelho. Contudo, por regra, o prato saía com melhor aspeto se a quantidade fosse menor.
O tempo de preparação é outra variável a considerar. As diferenças foram muitas, e nem sempre estavam diretamente relacionadas com a quantidade de alimentos. Por exemplo, a maioria recomendava que se cozessem bolos a 180ºC, durante 20 minutos, mas os resultados nem sempre foram satisfatórios. A regulação para 160ºC, com 30 ou 40 minutos de cozedura, funcionou melhor. Na confeção de pernas de frango, 25 minutos podiam dar para 500 ou 380 gramas, consoante os modelos.
Quanto maior for o tempo e mais alta a temperatura selecionada, maior será o consumo de energia, claro. Mas, nas mesmas condições, isto é, para preparar 100 gramas de batatas, alguns modelos gastavam o dobro de outros.
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