Região
Águeda arrenda sete habitações para alojar refugiados ucranianos
A Câmara Municipal de Águeda arrendou sete apartamentos para alojar famílias de refugiados ucranianos, anuciou hoje a autarquia.
O Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU, I.P.) disponibilizou à autarquia sete habitações desocupadas, através de um contrato de arrendamento urbano habitacional de fim especial transitório (acolhimento de refugiados) e que vão ser agora atribuídas a famílias ucranianas.
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“Uma das necessidades mais prementes é justamente a habitação, pelo que este acordo com o IHRU permite ter uma resposta o mais pronta possível para as dezenas de solicitações que nos têm chegado através do Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM)”, declarou Jorge Almeida, presidente da Câmara de Águeda.
As habitações estavam reservadas para arrendamento acessível a pessoas com dificuldades económicas, mas não foram atribuídas nos concursos realizados, pelo que passam agora a estar disponíveis para responder às necessidades de alojamento de refugiados.
No seguimento da crise humanitária provocada pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia, o CLAIM de Águeda já registou o pedido de ajuda por parte de 36 agregados familiares, que correspondem a cerca de 100 pessoas.
“Estamos atentos e temos desenvolvido todos os esforços, em vários quadrantes de ação, para apoiar os cidadãos ucranianos que vêm para o nosso país, região e concelho em busca de proteção”, acrescentou Jorge Almeida.
Até esta sexta-feira, Portugal tinha aceitado mais de 29 mil pedidos de proteção temporária de pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia, segundo a última atualização feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
A Rússia lançou em 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre os quais 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.
A guerra já causou um número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para os países vizinhos.
Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945) e as Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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