Aeroporto Internacional muda de Coimbra Sul para Coimbra Norte?!
José Manuel Silva, líder e vereador do movimento Somos Coimbra, deu o seu contributo para uma localização alternativa do Aeroporto Internacional de Coimbra, que passaria de “Coimbra Sul” para “Coimbra Norte”.
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Depois de criticar as opções de Manuel Machado no que diz respeito ao Aeroporto Internacional de Coimbra, nomeadamente em relação à contratação da empresa de Manuel Queiró para estudar a localização do aeroporto, o médico sugeriu a Mata de São Pedro como eventual localização da infraestrutura aeroportuária
A Mata de São Pedro é bem conhecida de José Manuel Silva, que enquanto dirigente da Ordem dos Médicos, desejou construir a “Aldeia do Médico” naquela área do Norte do concelho de Coimbra, promessa que não chegou a cumprir.
A promessa de José Manuel Silva, que então ocupava a presidência da SRCOM, previa “um auditório multi-usos, residências, um restaurante panorâmico e valências desportivas, culturais e lúdicas estão contemplados na “Aldeia do Médico”, um empreendimento gizado pela Secção Regional Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) para Coimbra, e que contempla custos provisórios estimados em 10 milhões de euros”.
O projecto contempla(va) a construção de residências assistidas para médicos aposentados – a Casa do Médico -, “garantindo-lhes independência, qualidade de vida, conforto e segurança, e que coexistem, no espaço do complexo, com as valências da formação contínua dos clínicos e ainda serviços de ordem recreativa, desportiva e cultural”.
No dia 4 de abril. Manuel Machado confirmou o que foi anunciado em primeira mão por Notícias de Coimbra: O futuro do “Aeroporto Internacional de Coimbra” passa por Manuel Queiró, antigo deputado do CDS e Presidente da CP, que está a fazer a “revisão estratégica dos Planos Municipais para a mobilidade aérea internacional”.
No seu gabinete, em conversa informal com o Notícias de Coimbra, Diário de Coimbra e As Beiras, o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra adiantou que Manuel Queiró vai rever estudos elaborados “ao longo do tempo, em especial os que foram feitos em 1994 e 2005, que não são meia dúzia de papeis, mas algo mais volumoso, que “não foi fácil de juntar”, pois este “dossiê andava muito disperso”
Manuel Machado adianta que esses estudos apontavam no sentido da pista ter 1400 metros, o que significa um aumento de quase 500 metros em relação aos actuais 960 metros.
Chegar aos 1800 é o ideal, reconhece Manuel Machado, que agora pode ganhar mais uns metros com o enterramento das linhas áreas da EDP/REN que se encontram na cabeceira da pista, o que não era possível no passado.
Ter 1800 metros de pista será o mais desejável, mas, de acordo com Manuel Machado, as características da pista de aterragem são importantes. E o Bissaya Barreto tem a vantagem de ser de betão, que é melhor e, por isso, pode ter menos comprimento, garante.
O autarca relembra que o Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, tem apenas 1300 metros, recebe 10 milhõs de passageiros.
Garante que com os sistemas de aterragem de precisão existentes, com o “transponder”, é possível receber aeronaves maiores numa pista menor.
Manuel Machado adiantou ainda que Manuel Queiró tem carta branca para “estudar com toda a liberdade” as melhores soluções para a abertura do Aeroporto Internacional de Coimbra,” uma porta aberta para o mundo”.
A equipa de Manuel Queiró tem cerca 120 dias para “fazer a análise de soluções, para nós passarmos sequencialmente ao estádio seguinte, para que haja acessibilidade aeroportuária na Região Centro”, avança o líder da autarquia, que ainda nesta fase pretendes contar coma colaboração de especialistas da Universidade e do Politécnico de Coimbra.
Acessibilidade que pode passar pela ampliação do aeródromo Bissaya Barreto ou pela construção de raiz noutra área do concelho, admite Manuel Machado, caso os estudos indiquem que não há mesmo condições em Antanhol/Cernache ou que os custos desta solução são incomportáveis.
O trabalho de Manuel Queiró é para analisar todos os pontos de vista, de compulsar aquilo tudo, estudar viabilidades, soluções viáveis, afiança Manuel Machado.
“O acordo que fiz com o Engenheiro Manuel Queiró implica a liberdade de pensamento, de análise total para nos dizer com rigor, com segurança: tem esta analise swot, tem estas vantagens, tem estes convenientes”, sublinha o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra.
Não aqui nenhum fixismo em dizer que quero o aeroporto na Praça 8 de Maio ou no Arnado, como andaram aí a brincar, prefiro ter lá a Cindazunda, graceja aquele que também é o Presidente da Associação Nacional de Municípios, depois de referir que o mais importante é que a solução encontrada seja exequível e viável.
O contrato entre o Município de Coimbra e a empresa Conprojur, de Manuel Queiró, foi celebrado por ajuste directo e tem o valor 24 777,00€, segundo informação disponibilizada na base de contratos públicos.
Recordamos que Manuel Queiró foi ou é líder do Forum Centro, movimento que defende a abertura de Monte Real à aviação civil.
Manuel Tomás Cortez Rodrigues Queiró assumiu a gerência da Conprojur depois de ter saído da presidência da CP no mês de junho de 2017.
No dia 5 de agosto de 2018, em plena pré-campanha eleitoral autárquica, o Presidente da República aterrou no Bissaya Barreto, num gesto que foi visto como de apadrinhamento do aeroporto.
“É a primeira vez que aterro em Coimbra”, disse Marcelo Rebelo de Sousa “apanhado” por Notícias de Coimbra à saída da aeródromo de Antanhol.
Em declarações exclusivas a NDC acrescentou: Tenho a sensação é que é um aeródromo lindíssimo. Eu praticamente já aterrei em todos os aeródromos continentais, nos insulares… o enquadramento deste aeródromo é lindíssimo, lindíssimo, lindíssimo”.
“É sempre bom aterrar em Coimbra, sobretudo para um professor universitário, porque é a alma mater da cultura e da academia em Portugal. Muito alto, bem rodeado, tudo bom”, frisou Marcelo Rebelo de Sousa.
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