Coimbra

Aeroporto Internacional de Coimbra perdido no meio de estudos de 20 000 euros!

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 30-07-2018

O presidente da Câmara de Coimbra disse hoje que os estudos que estão a ser desenvolvidos para a transformação do aeródromo municipal de Cernache em aeroporto deverão começar a ser analisado pelo executivo municipal em setembro, repetindo o que já tinha dito na Assembleia Municipal de Coimbra.

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Em meados de setembro deste ano, “lá pelos dias 15 ou 20”, já haverá “possibilidade de discutir estudos” sobre a criação de uma “estrutura aeroportuária na região”, que estão a ser elaborados por uma equipa de técnicos, reafirmou o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, repetetindo que esses estudos poderão concluir por outras hipóteses de localização, além do Aeródromo Municipal Bissaya Barreto.

A equipa que foi encarregada de “trabalhar este dossier” recebeu indicações para se debruçar sobre os mais diversos aspetos, como custos, questões técnicas e “soluções alternativas”, considerando todas as hipóteses, sem excluir Monte Real, adiantou Manuel Machado, que falava na sessão de hoje do executivo municipal de Coimbra.

A transformação do aeródromo de Cernache em aeroporto tem vindo a ser defendida pelo presidente da Câmara de Coimbra, desde a sua recandidatura ao lugar, nas eleições autárquicas de outubro de 2017, argumentando designadamente com o facto de a abertura da Base Aérea de Monte Real (no concelho de Leiria) à aviação civil continuar, há décadas, a ser adiada e de ser “absolutamente necessário” um “acesso aeroportuário” na região Centro.

“Não queremos repetir os erros cometidos com o aeroporto de Beja”, assegurou o autarca.

Este projeto “tem que ter atratividade” para ser sustentável, advogou, salientando que se trata de “um aeroporto internacional comercial” que sirva toda a região (com importantes destinos como Fátima, Coimbra ou Figueira da Foz, que “é a praia mais próxima de Madrid”), cuja atratividade será potenciada com empreendimentos como a requalificação do IP3 entre Coimbra e Viseu (que passará a ter características de autoestrada em cerca de 85% do trajeto) e da linha ferroviária da Beira Alta (ligação à fronteira de Vilar Formoso).

“É desejável que esta estrutura aeroportuária seja “alargada a municípios vizinhos e aberta a todos, para servir toda a região”, sustentou o presidente da Câmara, concluindo que este “não pode ser um projeto megalómano”.

Recordamos que, no dia 22 de Março de 2018, a Câmara Municipal de Coimbra  adjudicou,  por 24 000, 00€,  à empresa Conprojur, a “aquisição de serviços de revisão estratégica dos Planos Municipais para a mobilidade aérea internacional”.

A Conprojur  é gerida por Manuel Queiró, ex-presidente da CP e “velho” defensor da abertura da pista de Monte Real à aviação civil.

Em Abril, Manuel Machado confirmou que a equipa de Manuel Queiró tinha cerca 120 dias para “fazer a análise de soluções, para nós passarmos sequencialmente ao estádio seguinte, para que haja acessibilidade aeroportuária na Região Centro”.

O prazo para conclusão do “estudo” já expirou (devia estar concluído a 22 de julho), mas não sabemos se a Conprojur entregou o trabalho ao cliente.

Depois de ter feito a encomenda a Manuel Queiró, Manuel Machado fez novo ajuste directo, desta vez com a  ACIV- Associação para o Desenvolvimento da Engenharia Civil, sediada na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra.

Esta “aquisição de serviços de solução técnica e cálculo de custos com vista a expansão da pista do Aeródromo Municipal Bissaya-Barreto” contratualizada com a ACIV orça em 18 000,00€+IVA.

No dia 4 de abril, em conversa com jornalistas,  Manuel Machado adiantou ainda que Manuel Queiró tem carta branca para “estudar com toda a liberdade” as melhores soluções para a abertura do Aeroporto Internacional de Coimbra,” uma porta aberta para o mundo”.

Nesse dia, o edil de Coimbra frisou que “não há aqui nenhum fixismo em dizer que quero o aeroporto na Praça 8 de Maio ou no Arnado, como andaram aí a brincar, prefiro ter lá a Cindazunda”, “o mais importante é que a solução encontrada seja exequível e viável”.

José Manuel Silva, vereador do movimento Somos Coimbra, tem dados “pistas” para a localização do aeroporto, tendo defendido a mudança de Coimbra Sul (Antanhol) para Coimbra Norte (Mata de São Pedro).

Hoje, o líder do Somos Coimbra sugeriu que o futuro aeroporto devia ser implantado entre Condeixa e Pombal, o que motivou novo “bate boca” com Manuel Machado.

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