Aeroporto Internacional de Coimbra será inaugurado antes de 2021. Promessa de Manuel Machado
A transformação do aeródromo de Coimbra em aeroporto comercial está estudada, é viável e terá custos contidos. “Será um investimento compatível com a escala do mercado que Coimbra e a Região Centro oferecem”, garantiu o autarca e candidato do PS à reeleição. A Câmara preparou-se financeiramente para avançar. A cidade – com a universidade, o seu património, empresas e localização – tem um potencial único no país.
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“Seria um erro histórico não transformar este aeródromo numa infraestrutura capaz de receber voos ‘low cost’ e voos ‘charter’ do estrangeiro”, afirmou hoje Manuel Machado no Aeródromo Municipal Bissaya Barreto, em Coimbra, para onde convocou a comunicação social.
“Seria um erro histórico por três razões. Pelo crescimento do mercado turístico que procura Coimbra e a Região Centro, incluindo Fátima. Pelas graves limitações de oferta aeroportuária do país face à procura internacional, como é público”, continuou. “E pelos custos contidos que este investimento exige, os quais, com a comparticipação de verbas europeias, estão perfeitamente ao alcance de uma Câmara que nos últimos quatro anos soube pagar as suas dívidas e capitalizar-se”.
Pegando neste ponto, o presidente da Câmara de Coimbra e recandidato pelo Partido Socialista à reeleição justificou porque é que não avançou para a ampliação e requalificação do aeródromo mais cedo. “Não se pode avançar para aeroportos quando se recebe uma Câmara – como nós recebemos em 2013 do PSD e do CDS – com uma dívida de 100 milhões de euros e sem crédito bancário”, afirmou Manuel Machado. “Tivemos de trabalhar durante quatro anos para que a Câmara de Coimbra seja hoje um dos municípios do país em melhores condições para avançar com a contrapartida nacional dos fundos europeus do Portugal 2020”.
Manuel Machado realinhou em seguida os seus argumentos sobre a viabilidade de transformar o Aeródromo Municipal Bissaya Barreto em aeroporto comercial civil, aberto a voos internacionais.
“Quem é contra o aeroporto esquece que essa transformação está estudada e que é tecnicamente viável com custos muito contidos, conforme os estudos encomendados pela Câmara nos anos 90 e em 2005”, afirmou o autarca socialista. “E esquecem que Coimbra – com uma grande universidade, com património classificado pela UNESCO e com empresas tecnológicas muito competitivas – tem um potencial para atrair tráfego que, à exceção de Faro, mais nenhuma cidade média portuguesa do continente oferece”.
Manuel Machado falou então das críticas dos seus adversários nesta campanha eleitoral, dizendo que estes, apesar da “maledicência”, já confessaram que a transformação do aeródromo é uma boa ideia. “Um diz que é bom, mas que vem tarde. Outro diz que é bom, mas que é só para jactos privados”, recordou Manuel Machado. “Ambos têm uma enorme dificuldade em dar o braço a torcer”.
Quanto aos aspectos técnicos, Manuel Machado recapitulou o que dizem os estudos e os especialistas. “A partir dos 1500 metros, os aviões típicos dos voos “charter” e das companhias “low cost” aterram e descolam sem problemas.”, afirmou. Um ponto fundamental na requalificação do aeródromo, sublinhou o recandidato do PS, “é a substituição do sistema de aproximação por instrumentos NBD existente, que está obsoleta, por um novo que permita à aviação comercial aterrar em qualquer condição meteorológica”. Manuel Machado avançou que a Câmara de Coimbra já está em contacto com empresas fornecedoras dessa tecnologia.
Segundo os estudos de engenharia de que a Câmara dispõe (o último é de 2005), o aeródromo pode crescer num dos seus topos com recurso a “terra armada” – um aterro mais complexo – e, no topo contrário, pode crescer para o terreno ocupado com linhas de alta tensão, as quais podem ser enterradas. Não será preciso recorrer a estacaria, indicam os estudos encomendados pela Câmara nas últimas décadas.
“Por estas razões, prolongar a pista até aos 1500 metros e alargá-la não terá custos relevantes”, afirmou Manuel Machado. “Esta operação envolve custos na ordem dos 10-12 milhões de euros, incluindo capacitar o piso para receber aviões mais pesados, novas instalações e depósitos de combustível”. Com financiamento de verbas europeias, “estaremos a falar em custos para a Câmara à volta dos 2 milhões de euros”. E conclui: “É muito barato para todo o potencial que uma infraestrutura destas oferece a Coimbra”.
O candidato mencionou ainda que em Coimbra as acessibilidades, quer ao centro da cidade, quer à rede de autoestradas, já estão feitas e não irão pesar na fatura final. “Trata-se, portanto, de um investimento completamente compatível com a escala do mercado que Coimbra e a Região Centro oferecem”, rematou Manuel Machado.
Veja o vídeo da nossa transmissão em directo:
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