Justiça

Advogados criminais acabam greve após aumento salarial 

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 10-10-2022

Advogados criminais de Inglaterra e País de Gales decidiram pôr fim a uma greve que iniciaram em junho após obterem um aumento salarial de 15 por cento, anunciou o hoje a organização profissional Criminal Bar Association (CBA).

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A suspensão de greve foi decidida após uma votação, na qual 57% dos filiados votaram a favor da proposta do governo, apesar de ter ficado abaixo do aumento de 25% inicialmente exigido.

A greve por melhores salários, começada em junho e endurecida desde agosto, agravou o enorme atraso nos tribunais devido à perturbação causada pela pandemia covid-19.

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Apesar do acordo, que representa uma despesa de 54 milhões de libras para o Estado (cerca de 61 milhões de euros), “o sistema de justiça criminal permanece cronicamente subfinanciado”, avisou a CBA.

O ministro da Justiça, Brandon Lewis, disse esperar que o acordo marque o início de “uma relação construtiva” que permita “reduzir os atrasos e assegurar uma justiça mais rápida para as vítimas”.

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Apesar de serem trabalhadores independentes, os advogados criminais [‘barristers’] são pagos pelo Estado para defender pessoas acusadas de crimes e garantir que os julgamentos sejam justos e que a polícia e o Ministério Público seguem as regras.

Os honorários por assistência jurídica penal variam, mas não eram aumentadas há cerca de 20 anos, o que resultou, estimou a CBA, numa estimada perda de poder de compra de 28%, levando muitos profissionais a optar por outros ramos mais bem pagos da profissão.

Apesar do fim da greve dos advogados hoje a partir das 18:00, o Governo britânico continua a enfrentar paralisações de trabalhadores dos correios, dos transportes, estivadores e de serviços da recolha do lixo desde o Verão, que exigem a aumentos salariais em linha com a inflação, atualmente nos 10%.

Professores e profissionais de saúde atualmente estão a ser consultados pelos respetivos sindicatos para avaliar greves nas escolas e hospitais nos próximos meses.

O novo governo Conservador declarou recentemente a intenção de legislar para limitar o direito à greve, alegando que estas têm um impacto negativo na economia britânica e na vida das pessoas.

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