Justiça
Advogado diz que ministro deveria “assumir caso” do atropelamento mortal na A6
O advogado da família do trabalhador que morreu atropelado na autoestrada A6 pelo automóvel que transportava o ministro da Administração Interna considerou hoje que o governante “não é um mero passageiro” e que deveria “assumir o caso”.
“É evidente que ele é um passageiro, mas é um passageiro que determina a deslocação de todos os outros passageiros e até do condutor. Ele deve assumir o caso. Eu, no lugar dele, assumiria o caso”, afirmou José Joaquim Barros.
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O causídico respondia aos jornalistas à saída do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, após ter consultado o processo.
José Joaquim Barros foi questionado sobre as declarações feitas hoje pelo ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, ainda antes do anúncio da demissão do governante.
Numa deslocação hoje efetuada a Lagos, no Algarve, o ainda ministro disse que era “passageiro” quando o carro em que seguia provocou um acidente mortal na A6, sublinhando que “o esclarecimento dos factos tem de ser feito” sem cair num “repugnante aproveitamento político de uma tragédia pessoal”.
O motorista do carro onde seguia o ministro da Administração Interna e que atropelou mortalmente um trabalhador na A6 foi acusado de homicídio por negligência, segundo despacho de acusação do Ministério Público (MP).
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