Tribunais
Advogado da grávida da Murtosa quer julgamento público: “Não há segredos nem tabu”

Imagem: Facebook
O advogado que representa a família da grávida assassinada na Murtosa anunciou esta semana que vai recorrer da decisão do Tribunal de Aveiro de realizar o julgamento à porta fechada.
António Falé de Carvalho considera que o caso deve ser acompanhado pela comunicação social e que não há justificação válida para manter as sessões longe do olhar público.
O tribunal determinou, esta segunda-feira, 14 de abril, que o julgamento decorrerá sem a presença de jornalistas, à exceção da leitura do acórdão. A decisão foi sustentada pelo “mediatismo do caso”, a proteção da privacidade da vítima e a necessidade de garantir um tratamento jornalístico rigoroso. No entanto, o advogado da família discorda veementemente, dá conta a SIC Notícias.
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“Já tudo foi exposto. Não há segredos nem temas tabu. Manter o julgamento fechado ao público, nesta fase, é injustificado”, afirmou Falé de Carvalho, que assegura ter o apoio do ex-companheiro da vítima e dos filhos no recurso.
O caso, que chocou o país, envolve um homem com quem a mulher manteve uma relação de cerca de um ano. Está acusado de homicídio qualificado, profanação de cadáver e outros crimes. A mulher estava grávida quando desapareceu, tendo sido encontrada sem vida dias depois.
O julgamento será realizado com tribunal de júri e está previsto arrancar a 19 de maio. Até lá, o recurso apresentado pela acusação poderá ainda reabrir o debate sobre a necessidade de transparência num dos processos criminais mais mediáticos dos últimos anos.
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