Coimbra
Adesão à greve dos enfermeiros no distrito de Coimbra entre 75 e 80%
A adesão à greve dos enfermeiros nos hospitais do distrito de Coimbra situa-se entre os 75 e os 80%, informou hoje o dirigente regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.
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“De uma forma genérica, a adesão à greve é muito forte no distrito de Coimbra”, com os hospitais a registarem uma adesão de entre 75 e 80%, afirmou o coordenador regional do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Paulo Anacleto, sublinhando que os enfermeiros “estão altamente descontentes”.
De acordo com o dirigente sindical, no bloco operatório central do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) “nenhuma cirurgia programada foi realizada”, sendo que nos blocos operatórios periféricos também só estão “as urgências a funcionar”.
Também nos centros de saúde do distrito, a adesão à greve faz-se sentir, tendo provocado o encerramento do centro de saúde de Eiras, acrescentou.
Paulo Anacleto referiu que soube na terça-feira que vão ser contratados 46 profissionais de saúde para o CHUC, salientando que, mesmo que todos fossem enfermeiros, o número fica muito aquém das necessidades daquele hospital.
“Só enfermeiros, faltam 300 no centro hospitalar. E isto não são dados do sindicato, mas da própria administração”, salientou.
Segundo o dirigente sindical, os enfermeiros “estão em exaustão”, registando-se um “elevadíssimo percentual de absentismo”.
“Tem de haver afetação de recursos sob pena de se fazerem mais horas extraordinárias programadas. Em vez de se fazerem as 35 horas, fazem 45 ou 66, havendo enfermeiros com 300 a 400 horas extraordinárias a haver”, vincou.
Paulo Anacleto alertou ainda para o aumento esperado da necessidade de mais enfermeiros no CHUC, quando, a partir de 01 de julho, os enfermeiros com contrato individual de trabalho voltarem às 35 horas semanais de trabalho em vez das 40 atuais.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) marcou para hoje uma greve das 08:00 às 24:00 para pedir a contratação de mais enfermeiros para compensar a passagem do regime de 40 para 35 horas semanais a partir de 01 de julho.
Segundo as contas do SEP serão precisos “1.976 enfermeiros” para compensar a redução de horas destes profissionais para manter tudo a funcionar.
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